
Engana-se quem imagina entrar em um tribunal e encontrar apenas ju�zes com cabe�a branca, idade avan�ada e vocabul�rio exclusivamente formal. A cara da Justi�a brasileira � formada, cada vez mais, por magistrados novos, muitos deles com menos de 30 anos. Apesar da pouca idade, eles estudaram muito, se prepararam e dizem estar prontos para sentar � frente dos r�us, da sociedade e julgar criminosos de acordo com o que determina a legisla��o. H� dois meses, uma nova turma tomou posse no Tribunal de Justi�a do Distrito Federal e dos Territ�rios. Entre homens e mulheres, jovens que dedicaram os �ltimos 10 anos aos estudos jur�dicos.
Sem abrir m�o da malha��o e dos fins de semana com os amigos, Bruno Aielo Macacari foi aprovado no concurso ap�s dois anos de dedica��o. Hoje, � juiz substituto da 1ª Vara de Entorpecentes e trabalha na sede do TJDFT. Aos 27 anos, defende uma rela��o pr�xima entre magistrado e sociedade. “Atualmente, n�o pode vingar a ideia de que o juiz est� em posi��o hierarquicamente superior a qualquer outra pessoa. Para julgar algu�m, � preciso estar na posi��o de igualdade, de horizontalidade”, ressalta. Para ele, a autoridade do magistrado � destacada de outra forma. “N�o vem da pr�-suposi��o de superioridade, mas da efetividade da decis�o que ele profere”, acrescenta.

Apesar da pouca idade, Bruno Macacari garante estar preparado para o trabalho. Diz estar ciente das dificuldades, mas acredita que n�o seja nada al�m do experimentado por outros profissionais. “Voc� nunca entra com o conhecimento pr�tico. Al�m do volume de trabalho, como juiz, vejo a necessidade de aprender a administrar tudo o que circunda a atividade. N�o � s� aplicar o direito. Juiz � psic�logo, soci�logo. Muitos conflitos envolvem o sentimento das pessoas, e, para isso, � preciso ter a capacidade de gest�o”, explica.