Chuva mata 21 no ES, deixa 46 mil fora de casa e governo n�o d� conta de doa��es

Com 21 mortes confirmadas at� quarta-feira em decorr�ncia das fortes chuvas que atingem o Esp�rito Santo, o governo capixaba est� com dificuldade de gerenciar a quantidade de donativos para os 46 mil desabrigados, principalmente dos moradores de Vit�ria.

Na quarta, embora n�o tenha chovido, a Secretaria de Estado da Assist�ncia Social solicitou aos moradores que parassem de enviar alimentos e, principalmente, roupas. Apenas um caminh�o com �gua, deixou o centro de donativos da Pra�a do Papa. “Natal � dia de ficar com a fam�lia, mas acho que todos somos uma �nica grande fam�lia. Por isso, quis vir”, disse a fot�grafa Leane Barros, de 29 anos, uma das centenas de volunt�rios que estavam na pra�a. Quem apareceu para oferecer ajuda foi orientado a preencher um cadastro de volunt�rios.

Ao todo, 50 munic�pios est�o em situa��o de emerg�ncia. H� localidades nos munic�pios de Santa Leopoldina, Baixo Guandu, Itagua�u e Itarana em que o acesso ocorre apenas de helic�ptero. As mortes foram registradas nas cidades de Itagua�u (oito casos) Colatina (seis) e Baixo Guandu (quatro), al�m de Domingos Martins, Barra de S�o Francisco e Nova Ven�cia, com uma morte em cada.

Segundo a prefeitura de Vit�ria, cerca de 2 mil volunt�rios circulam por dia no centro de doa��es, que estava fechado na quarta-feira. A estimativa � de que j� tenham sido distribu�das mais de mil toneladas de doa��es - h� ainda outras mil em estoque.

O Estado tem apenas dez caminh�es do Ex�rcito para fazer o atendimento por terra aos munic�pios. O grosso do frete � feito por caminh�es particulares, cedidos por empresas, em geral empres�rios conhecidos dos pol�ticos locais, e por pessoas f�sicas.

Destino

O secret�rio de Estado da Assist�ncia Social, Helder Salom�o, disse que a avalia��o � de que � preciso fazer as doa��es chegarem aos desabrigados. Cerca de 5 mil pessoas est�o vivendo em abrigos - o restante est� com parentes e amigos.

“Nossa equipe auxiliou Santa Catarina e o Rio de Janeiro quando esses Estados enfrentaram situa��o semelhante. L�, o estoque de material doado durou anos. Aqui, as pr�prias cidades atingidas est�o conseguindo trocar doa��es. O que precisamos, no entanto, ainda � de barcos leves para auxiliar o resgate a quem ainda est� nas casas alagadas”, afirmou o secret�rio.