Chuva que castiga o Sudeste tem efeito positivo no Nordeste

As fortes chuvas que castigam parte da Regi�o Sudeste nas �ltimas semanas tiveram efeito positivo no n�vel dos reservat�rios das hidrel�tricas do Nordeste. De acordo com os dados do Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS), as usinas da regi�o operavam com uma capacidade de armazenamento de 31,1% nesta quinta-feira, 26, expans�o de 9,1 pontos porcentuais em rela��o ao patamar de 22% apurado em 26 de novembro.

Os n�meros do Informativo Preliminar Di�rio da Opera��o (IPDO) mostram que, em um m�s, o volume de �gua armazenado nos reservat�rios da Bacia do S�o Francisco, a principal do Nordeste subiu 8,3 pontos porcentuais, de 21,3% para 29,6%. Na Bacia do Parna�ba, a evolu��o nesse per�odo foi de 2,2 pontos, de 39,8% para 42%.

No fim de novembro, o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, havia reconhecido que a situa��o do Nordeste preocupava. Tanto que, na reuni�o do Comit� de Monitoramento do Setor El�trico (CMSE), realizada no in�cio de dezembro, o ONS recomendou ao governo que fosse mantido o alto n�vel de interc�mbio de energia para a regi�o com o objetivo de tentar evitar a redu��o no n�vel dos reservat�rios das hidrel�tricas.

O volume de �gua armazenado nos reservat�rios da regi�o neste momento se aproxima do n�vel de 2012. Em 26 de dezembro de 2012, as hidrel�tricas operavam com capacidade de 33,1%, por�m a tend�ncia era declinante. O ONS j� previa a hip�tese de recupera��o dos reservat�rios do Nordeste desde o fim do m�s passado por causa das chuvas nas cabeceiras de rios da Bacia do S�o Francisco.

Sudeste

O IPDO tamb�m mostra uma evolu��o positiva no volume de �gua estocado nos reservat�rios das usinas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que representa 70% da capacidade de armazenamento do sistema el�trico. Na compara��o entre esta quinta-feira e 26 de novembro, os reservat�rios tiveram ligeira alta de 1,3 ponto porcentual, passando de 41,5% para 42,8%. Em rela��o � quarta-feira, 25, a evolu��o foi de 0,1 ponto porcentual. No Sul, em contrapartida, o n�vel dos reservat�rios caiu entre 26 de novembro e esta quinta, passando de 75,6% para 60%. Nas hidrel�tricas do Norte, o volume de �gua armazenado subiu 6,9 pontos porcentuais no mesmo per�odo, passando de 33,6% para 40,5%.

A melhora nos reservat�rios nos dois principais subsistemas do Pa�s teve impacto positivo no chamado pre�o de liquida��o das diferen�as (PLD), refer�ncia para o pre�o da energia negociada no curto prazo. A C�mara de Comercializa��o de Energia El�trica (CCEE) anunciou que o PLD caiu 15% em todas as regi�es do Pa�s, cujo pre�o passou dos atuais R$ 294,31/MWh para R$ 249,92/MWh para o per�odo de 28 de dezembro de 2013 a 3 de janeiro de 2014.

O ONS ainda afirmou no IPDO que o subsistema Sudeste/Centro-Oeste exportou 2,866 mil MW m�dios de energia ontem, sendo 1,286 mil MW m�dios ao Nordeste e 1,580 mil MW m�dios para o Sul. Al�m disso, a regi�o Norte exportou 1,650 mil MW m�dios para o Nordeste, que importou 2,936 mil MW m�dios no total. Isso tem auxiliado na recupera��o do n�vel dos reservat�rios da regi�o.

Ontem, a carga de energia apurada foi de 61,451 mil MW m�dios, dos quais 82,97% foram atendidos pela produ��o de energia das hidrel�tricas. As t�rmicas foram respons�veis por 16,05% (9,86 mil MW m�dios) e as e�licas, 0,98% (602 MW m�dios). Apenas uma termel�trica foi despachada fora da ordem de m�rito, a usina a g�s natural Fernando Gasparian (SP), que produziu 490 MW m�dios de energia.