Policiais militares do Batalh�o de Choque acompanham nesta quinta-feira o trabalho de demoli��o de casas na Favela do Metr�, na zona norte do Rio. Desde ter�a-feira (7), moradores protestam contra a derrubada das resid�ncias para a constru��o de um polo automotivo e de um centro comunit�rio multim�dia, chamado pela prefeitura de Nave do Conhecimento.
De acordo com a Pol�cia Militar, chegou a ocorrer um princ�pio de confus�o, mas ela foi contida. Os policiais permaneceram durante a madrugada na comunidade e agora acompanham o trabalho da subprefeitura da zona norte em conjunto com as secretarias municipais de Conserva��o e de Obras.
A circula��o de trens na Linha 2 do metr� (Pavuna-Botafogo) foi interrompida por cerca de 12 minutos, �s 8h da manh� de hoje, por causa de objetos atirados na ferrovia. De acordo com a assessoria de imprensa da Metr� Rio, at� paralelep�pedos e cadeiras foram jogados nos trilhos, entre as esta��es Triagem e S�o Crist�v�o, e a pol�cia foi acionada. No momento, os trens circulam em intervalos irregulares.
A prefeitura informa que o trabalho de demoli��o come�ou em 2010, com o cadastramento e a indeniza��o das fam�lias que moravam no local, para realoca��o em conjuntos habitacionais nas zonas norte e oeste e pagamento de aluguel social. Segundo o subprefeito da zona norte, Andr� Santos, depois disso outras pessoas ocuparam as casas que j� tinham sido desapropriadas.
Os atuais moradores reivindicam as mesmas compensa��es que os antigos ou a perman�ncia nas casas. Wellington Quirino de Oliveira veio com a fam�lia da Para�ba h� cerca de seis meses e conta que foi morar na comunidade por indica��o de um amigo, at� conseguir se estabelecer na cidade. Ele trabalha como auxiliar de limpeza em um hotel no centro da cidade e ganha cerca de R$ 900 por m�s. "Conversei com eles e ganhei dois dias para arrumar as coisas. Mesmo assim, n�o sei o que vou fazer", disse Oliveira, que juntava os pertences em casa com a ajuda dos dois filhos enquanto os vizinhos protestavam.
Uma idosa, que preferiu ser identificada apenas como Maria, tamb�m contou que foi morar h� pouco tempo na comunidade, porque o filho ficou desempregado e a fam�lia n�o teve mais como pagar o aluguel da casa em que moravam. "A gente n�o tem mais para onde ir agora. Ou a gente fica aqui ou vai para debaixo da ponte". O subprefeito diz que os moradores que n�o dispuserem de outro local para morar poder�o ir para abrigos municipais.
A Favela do Metr� ocupa uma estreita faixa entre a Avenida Radial Oeste e a linha f�rrea do ramal Santa Cruz, em frente � Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pr�xima ao Est�dio Jornalista M�rio Filho, o Maracan�.