Um dia depois de o comandante do 23º Batalh�o da Pol�cia Militar (BPM) do Rio de Janeiro, tenente-coronel Marcus Amaral, ter dito que ser�o promovidas "a��es de intelig�ncia" nos �nibus que passarem no domingo, 19, pelo Leblon, na zona sul da capital fluminense, incluindo revistas em passageiros considerados "suspeitos" e que fa�am "baderna", a Secretaria Estadual de Seguran�a P�blica desautorizou nesta quinta-feira, 16, a a��o preventiva anunciada por conta do "rolezinho" previsto para ocorrer no Shopping Leblon. Em nota, a secretaria afirmou que "n�o h� determina��o para abordagens nas ruas e coletivos por conta do evento intitulado `rolezinho'".
O "rolezinho" no Shopping Leblon est� programado para as 16h20 de domingo e mais de 8.500 pessoas j� confirmaram presen�a pela internet. No s�bado, 18, ocorrer�o pelo menos dois outros eventos semelhantes no Estado, em shoppings da Ilha do Governador, na zona norte, e de Niter�i, no Grande Rio.
Mamonas
Segundo o Coletivo Ilha do Governador, que organiza o evento na ilha, s�o esperadas mais de 200 pessoas (350 haviam confirmado presen�a virtualmente, at� esta quinta-feira) e os participantes se reunir�o na frente do shopping para decidir detalhes do evento. Eles ser�o orientados a ingressar ouvindo, pelo telefone celular, a m�sica "Chopis Centis", do grupo Mamonas Assassinas, cuja letra diz "Eu di um beijo nela/E chamei pra passear/A gente fomos no shopping/ Pra m� de a gente lanchar/Comi uns bichos estranhos/Com um tal de gergelim/At� que tava gostoso/Mas eu prefiro aipim".
Um dos organizadores, que integra o Coletivo Ilha, que n�o quis se identificar com medo de repres�lias, afirmou que as pessoas n�o devem levar faixas ou cartazes e que a ideia � percorrer os corredores do shopping sem causar tumulto. O ato foi convocado "em apoio � galera de S�o Paulo (alvo de repress�o durante evento semelhante na semana passada), contra toda forma de opress�o e discrimina��o aos pobres e negros, em especial contra a brutal e covarde a��o di�ria da Pol�cia Militar no Brasil, seja nos shoppings, nas praias ou nas periferias", como descreve o coletivo.