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Estado de Minas

Correios t�m perda de R$ 800 mi com remessa de cartas


postado em 18/01/2014 08:19 / atualizado em 18/01/2014 08:32

Com planos de participar do leil�o do trem bala, montar uma empresa de telefonia celular, ter uma frota a�rea e at� comprar os Correios de Portugal, a Empresa de Correios e Tel�grafos (ECT) fechou 2013 sem registrar lucro com a atividade na qual det�m monop�lio - a remessa de cartas (incluindo contas de pagamento), telegramas e cart�es.

Em novembro, o preju�zo operacional acumulado nesse segmento foi de R$ 817 milh�es. Resultado pr�ximo do registrado no mesmo per�odo de 2012, de R$ 802 milh�es, conforme dados do portal corporativo ao qual o Estado teve acesso. Os resultados negativos nesse segmento preocupam o conselho fiscal da empresa que, em outubro, chamou a aten��o para o d�ficit crescente.

“O resultado operacional da ECT, se desconsideradas as receitas de luvas relativas ao Banco Postal, evidencia n�meros negativos h� mais de seis meses”, registrou o colegiado em ata. A folha de pessoal consome 58,25% da receita total da empresa p�blica, o que tamb�m motivou pedido de explica��o do conselho fiscal. “Em que pese a caracter�stica operacional espec�fica da ECT (executar e controlar, em regime de monop�lio, os servi�os postais em todo o territ�rio nacional), e se comparados tais dados com os de outras grandes empresas estatais do Pa�s, tal patamar de gastos promete indicar uma situa��o acima do conveniente.” No mundo, servi�os postais de v�rios pa�ses tamb�m est�o em crise.

O resultado final dos Correios, contudo, tem sido positivo nos �ltimos anos por causa de sua receita financeira, obtida com luva de R$ 3,3 bilh�es recebida do Banco do Brasil para explora��o do Banco Postal, que abriu ag�ncias banc�rias dentro dos postos dos Correios, e aplica��es financeiras. Os Correios tamb�m recebem um porcentual das opera��es banc�rias realizadas pelo BB por meio do Banco Postal - um n�mero que � contabilizado no portal corporativo como “outras receitas”.

Queda

Mesmo com as receitas financeiras, o lucro da companhia vem caindo. At� novembro, o lucro l�quido da empresa em 2013 era de R$ 203 milh�es - menos que os R$ 1,06 bilh�o registrados no mesmo per�odo de 2012. Os dados finais s� ser�o divulgados em abril.

A legisla��o permite que empresas privadas enviem apenas encomendas, mas a participa��o dessas companhias no setor vem crescendo na esteira das defici�ncias dos Correios. No primeiro semestre de 2013, os Correios pagaram R$ 4,3 milh�es em indeniza��es a 751 mil clientes por atraso na entrega de correspond�ncias. O n�mero supera o mesmo per�odo do ano anterior, quando foram registradas 413 mil reclama��es.

Hora extra

O conselho fiscal tamb�m identificou como “falha grave” o pagamento irregular de R$ 184 mil em horas extras a funcion�rios que estavam compensando dias parados por greve ou a empregados que deviam horas de trabalho. E tamb�m identificou falhas relacionadas a recolhimentos de encargos previdenci�rios pela ECT, acarretando em pagamento de juros de R$ 2,7 milh�es ao INSS.

Os fiscais encontraram tamb�m pagamentos a fornecedores que est�o em situa��o irregular com os Correios e um rombo novo de R$ 441 milh�es no Postalis, o fundo de pens�o dos servidores, ap�s a quita��o de outro rombo de R$ 950 milh�es. Os d�ficits s�o cobertos, em parte, com recursos p�blicos.

Estopim de esc�ndalos como o mensal�o, a empresa � controlada por petistas da ala do ex-ministro Jos� Dirceu (hoje preso por ter sido condenado no caso mensal�o). O presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, � filiado ao partido e ligado ao ex-ministro. Nomeado no in�cio do governo Dilma Rousseff com a miss�o de “sanear” a estatal ap�s o esc�ndalo de tr�fico de influ�ncia que derrubou a ex-ministra Erenice Guerra (Casa Civil), Oliveira recebeu elogios de Dirceu em seu blog. Em janeiro de 2011, o ex-ministro se referiu a ele como exemplo de gestor p�blico “testado e aprovado”. As informa��es s�o do jornal


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