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Estado de Minas

Alunos da Gama Filho protestam em frente ao MEC


postado em 21/01/2014 20:31

Rio, 21 - "Levei spray de pimenta na cara, fui arrastada violentamente por policiais e xingada de maconheira e vagabunda na delegacia do Senado", afirma a estudante de medicina Ana Fl�via Hissa, de 21 anos, que estava entre os treze alunos da Universidade Gama Filho detidos na noite desta segunda-feira, 20, por acampar no jardim do Congresso, em protesto pac�fico. O grupo entrou no �nibus da PM gritando palavras de ordem como "Eu pago, n�o deveria, educa��o n�o � mercadoria" e levou mais spray de pimenta, diz Ana. Todos foram liberados somente de madrugada - o �ltimo, �s 4h40.

A Gama Filho e a UniverCidade foram descredenciadas pelo Minist�rio da Educa��o no in�cio da semana passada. Dois dias ap�s o an�ncio, um grupo de alunos chegou a Bras�lia para tentar uma audi�ncia com a presidente Dilma Rousseff - mais de 10 mil estudantes foram afetados pela decis�o do MEC. Eles reivindicam a federaliza��o das universidades, proposta que tamb�m � defendida por reitores das principais institui��es federais de ensino superior no Rio, mas foi recha�ada pelo minist�rio.

Nesta ter�a-feira, 21, os estudantes organizaram um novo protesto em frente ao pr�dio do MEC, mas foram impedidos por policiais de permanecer no local. "� um absurdo. Nossas manifesta��es sempre ocorreram sem viol�ncia. S� queremos estudar e ter uma ponte de di�logo com a Dilma. Vamos ficar em Bras�lia at� sermos recebidos", diz Ana. Para ela, a transfer�ncia 'assistida' oferecida pelo MEC "n�o � garantia de nada". "Alunos de uma universidade descredenciada em Bras�lia est�o h� sete meses sem estudar", afirma. De acordo com a estudante, s� falta vontade pol�tica do governo. "H� respaldo financeiro e jur�dico para a federaliza��o, tanto que o Lula fez isso em 2007, criando a Unipampa."

Segundo Ana, os estudantes v�o consultar advogados para avaliar poss�veis medidas contra a PM. Eles estavam acampados no local desde quarta. "Sempre dialogamos com os policiais. Aceitamos a retirada das barracas, mas qualquer um tem o direito de se manifestar, est� na Constitui��o." Procurada, a PM do Distrito Federal informou apenas que "agiu em cumprimento do dever legal, em apoio � Pol�cia do Senado" e que a corregedoria "vai apurar o procedimento" dos PMs. De acordo com a Delegacia do Senado, n�o � permitido acampar na �rea do Congresso e foi dado prazo at� as 20 horas para que os estudantes sa�ssem. Eles foram retirados sob acusa��o de "desobedi�ncia".

O presidente da Comiss�o de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, divulgou nota sobre a pris�o dos universit�rios: "O que aconteceu com os estudantes � resultado de fraude e crime. Agora, al�m de perderem os seus cursos e enfrentarem todas as dificuldades imagin�veis para efetivar as suas transfer�ncias, s�o espancados pela pol�cia de Bras�lia, com direito a spray de pimenta. Tudo porque ocupavam pacificamente o sacrossanto gramado do Congresso Nacional. N�o � aceit�vel que o governo federal vire as costas para esse drama."

Tamb�m houve protesto no Rio. Dezenas de alunos fizeram uma passeata na Avenida Presidente Vargas. Ap�s o descredenciamento, a Galileo Educacional, respons�vel pelas universidades, fechou suas unidades e recusou-se a receber os estudantes, fornecendo apenas um e-mail.


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