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Estado de Minas

Protestos de rua contra a Copa assustam pol�ticos

Grupos que se manifestam contra o evento est�o presentes nas 12 cidades sedes e contam com uma grande mobiliza��o nas redes sociais. Parte deles � formada por universit�rios


postado em 28/01/2014 07:50 / atualizado em 28/01/2014 08:04

Manifestação em São Paulo contra a realização da Copa do Mundo no Brasil(foto: Miguel Schincariol / AFP)
Manifesta��o em S�o Paulo contra a realiza��o da Copa do Mundo no Brasil (foto: Miguel Schincariol / AFP)

Criados h� mais de tr�s anos para cobrar das autoridades p�blicas mais investimentos e pol�ticas voltadas � melhoria de vida da popula��o, os 12 comit�s populares contra a realiza��o da Copa do Mundo de 2014 no Brasil espalhados pelas cidades sede do evento, que ajudaram a impulsionar inicialmente as ruas do pa�s em junho do ano passado, n�o conseguiram mobilizar mais do que 5 mil pessoas no �ltimo fim de semana. Em Bras�lia, por exemplo, foram menos de 100 participantes marchando pela W3. Apesar da baixa ades�o neste come�o de ano, os protestos preocupam novamente o governo brasileiro principalmente pela viol�ncia registrada em S�o Paulo, que teve pessoas feridas e carros incendiados. O Planalto teme a m� repercuss�o das cobran�as da sociedade, principalmente �s v�speras da elei��o presidencial, principalmente por conta da grande mobiliza��o desses grupos nas redes sociais.

Diferentemente do p�blico dos rolezinhos, composto basicamente por adolescentes da periferia que buscam espa�o para divers�o, os l�deres dos manifestantes s�o moradores ou profissionais atingidos por pol�ticas da Copa e estudantes com n�vel superior. Muitos se inspiram em manifesta��es recentes feitas pelo mundo, como a Primavera �rabe e os protestos contra o encontro da Organiza��o do Com�rcio em Seattle (EUA), e se comunicam pela internet. Para tentar ganhar corpo e buscar apoio, mant�m di�logo com movimentos mais tradicionais, como os sem terra, ind�genas, quilombolas e atingidos por barragens.

“N�o s�o marginais ou baderneiros. � uma articula��o nacional preocupada com os gastos p�blicos e o impacto social da Copa”, avalia o soci�logo e cientista pol�tico Rud� Ricci. Segundo ele, os pol�ticos tiveram chance de se reunir para conversar com os integrantes do movimento, mas n�o o fizeram. “Tenho a impress�o de que o medo do governo de que as manifesta��es quebrem a normalidade do processo eleitoral levem ao confronto. O Planalto est� desesperado com essa amea�a no meio da uma disputa eleitoral”, afirma. Segundo ele, cerca de 12 mil fam�lias tiveram de deixar as suas casas para a execu��o de projetos da Copa.

A participa��o de black blocs nos atos n�o � vista com maus olhos pelos organizados das passeatas. Apesar de n�o integrarem os comit�s contra o evento, os adeptos do uso da viol�ncia durante os protestos s�o tidos como “os que reagem contra a viol�ncia policial”. Para o integrante do comit� anticopa de Belo Horizonte Rafael Bittencourt, 26 anos, formado em sociologia, h� “focos de viol�ncia” nas passeatas, mas isso n�o impede militantes pac�ficos de protestar. “Parte dessa viol�ncia � uma resposta � repress�o policial. O governo brasileiro teve tempo suficiente para contornar os impactos negativos do evento. Como n�o fizeram, existe um grande apelo negativo (por parte da popula��o). Isso pode culminar em grandes manifesta��es que podem impedir o megaevento”, acredita.

Baixa ades�o Integrante do comit� contra a Copa na capital federal, o militante Vin�cius Lob�o, 29 anos, formado em comunica��o social, justifica que o movimento no s�bado foi prejudicado em Bras�lia por uma s�rie de motivos. Lob�o destaca a falta de campanhas este ano, as pessoas viajando durante as f�rias de janeiro e a realiza��o de um acampamento da juventude capitalista no Rio de Janeiro. Ele reafirma que os jovens v�o �s ruas porque s�o contr�rios aos lucros “astron�micos” para a Fifa e seus patrocinadores.

VIG�LIA EM S�O PAULO
Baleado pela Polícia Militar em uma rua na cidade de São Paulo por supostamente ter reagido a uma abordagem no sábado, Fabrício Chaves, de 22 anos, recebeu ontem o apoio de parentes e amigos na porta do hospital onde está internado em estado grave. Integrantes dos grupos que organizaram o protesto na capital paulista fizeram uma vigília e montaram uma barraca no local para auxiliar a família do rapaz. Os manifestantes expuzeram cartazes e faixas, criticando principalmente a ação policial. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, ele levou dois tiros: um no tórax e outro no pênis. O primeiro causou hemorragia e o segundo levou à retirada de um testículo. Segundo o hospital, o jovem passou por uma cirurgia e o estado de saúde é estável, apesar de grave. O secretário de Estado de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, disse que os policiais reagiram a uma agressão do rapaz, que portava um estilete. (foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo SP)
Baleado pela Pol�cia Militar em uma rua na cidade de S�o Paulo por supostamente ter reagido a uma abordagem no s�bado, Fabr�cio Chaves, de 22 anos, recebeu ontem o apoio de parentes e amigos na porta do hospital onde est� internado em estado grave. Integrantes dos grupos que organizaram o protesto na capital paulista fizeram uma vig�lia e montaram uma barraca no local para auxiliar a fam�lia do rapaz. Os manifestantes expuzeram cartazes e faixas, criticando principalmente a a��o policial. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, ele levou dois tiros: um no t�rax e outro no p�nis. O primeiro causou hemorragia e o segundo levou � retirada de um test�culo. Segundo o hospital, o jovem passou por uma cirurgia e o estado de sa�de � est�vel, apesar de grave. O secret�rio de Estado de Seguran�a P�blica de S�o Paulo, Fernando Grella, disse que os policiais reagiram a uma agress�o do rapaz, que portava um estilete. (foto: Daniel Teixeira/Estad�o Conte�do SP)


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