O engenheiro Jacques Sherique, � frente da comiss�o do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), que investigar� o acidente na Linha Amarela, na capital fluminense, afirma acreditar que a passarela n�o estava bem afixada sobre os pilares de sustenta��o. Sherique disse que sem essa falha, o impacto da ca�amba do caminh�o sobre a estrutura met�lica n�o seria suficiente para derrub�-la na pista.
De acordo com relatos de moradores, n�o raro caminh�es tentam for�ar a passagem sob as passarelas da Linha Amarela. Na mesma passarela do acidente, j� foram registradas batidas sem gravidade - que, supostamente, n�o teriam causado abalo estrutural. Houve tamb�m casos em que foi preciso esvaziar os pneus do caminh�o para que se diminu�sse a altura da parte traseira e o motorista seguisse o trajeto.
Especialistas ouvidos pela reportagem consideram ser muito dif�cil que o motorista do caminh�o, Luiz Fernando Costa, da empresa Arco da Alian�a, n�o soubesse que a ca�amba estava suspensa. Com 20 anos de experi�ncia em montagem de ca�ambas, o engenheiro Ricardo Finizola v� essa possibilidade como muito remota. Finizola � gerente industrial da empresa Rio Truck, que instala ca�ambas, ba�s e betoneiras em caminh�es e h� tr�s anos tem como cliente a Arco da Alian�a - a empresa afirmou que n�o colocou a ca�amba que provocou o acidente.
"Tudo aponta para falha humana. A ca�amba n�o foi feita para andar levantada. Muda a aerodin�mica do caminh�o. O motorista s� n�o nota se estiver muito distra�do mesmo, por exemplo, no celular", disse. O engenheiro afirmou que a ca�amba � erguida quando se pisa na embreagem e se aciona a tomada de for�a, dispositivo acoplado � caixa de marcha, que, por sua vez, move a bomba hidr�ulica do caminh�o. Se por um equ�voco do motorista o ve�culo anda com a tomada de for�a ligada, existe uma possibilidade de a ca�amba se levantar conforme o ve�culo ganha velocidade. "Os equipamentos mais modernos t�m um comando que desligam a tomada e a bomba ao mesmo tempo e contam com uma sirene na cabine, que toca se a ca�amba levantar."