S�o Paulo, 30 - Protestos por causa de assassinatos atribu�dos por parentes das v�timas � Pol�cia Militar foram respons�veis por cerca de um ter�o dos ataques a �nibus na capital neste ano. Foram tr�s mortes que terminaram em manifesta��es com a destrui��o de 9 dos 32 �nibus queimados na cidade - m�dia de um por dia desde que 2014 come�ou.
O caso mais recente � o do auxiliar Guilherme Augusto Greg�rio, de 19 anos. Ele morreu na madrugada de anteontem, assassinado com nove tiros enquanto ia de sua casa para a casa da namorada, no Jardim Capela, regi�o do Jardim �ngela, zona sul. O enterro foi nesta quarta-feira, 29, de manh�.
Depois da cerim�nia, ainda com uma camiseta branca com uma foto e o apelido do rapaz - �tio pan�a� - cerca de 30 pessoas atearam fogo em um �nibus na Estrada do M�Boi Mirim. Na noite anterior, o mesmo grupo teria sido respons�vel por outros tr�s ataques a coletivos.
Depois do ataque, oito pessoas foram detidas - entre maiores de idade com passagem policial e at� meninas adolescentes sem passagem. Muitos deles estavam com a mesma camiseta, mas negam ter participado do ato. �Ele foi ao enterro com a camiseta, voltou para casa, viu o ataque pela TV e saiu para a rua, quando foi preso�, conta a tia de um dos detidos.
A morte de Greg�rio � investigada pela Delegacia de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP). A Secretaria de Estado da Seguran�a P�blica informou que c�psulas calibre 380 foram encontradas pela per�cia. Parentes contam que, antes de ser baleado, o rapaz teria sido abordado por policiais, que encontraram maconha. Apesar de ser liberado, o rapaz teria sido amea�ado de morte, segundo amigos, caso fosse encontrado na rua novamente. �Mas ele foi visitar a namorada mesmo assim�, disse um amigo.
Cap�o Redondo
Outros cinco coletivos foram queimados no Cap�o Redondo, tamb�m na zona sul. Os protestos ali foram pela morte de Daniel Medeiros, de 19 anos, e Felipe Oliveira, de 17. Eles foram mortos na noite do dia 8, ap�s passar a tarde no s�tio de um amigo em Embu das Artes, na Grande S�o Paulo.
A vers�o da PM � que a dupla trocou tiros com policiais durante uma persegui��o. Investigadores da Pol�cia Civil afirmam que h� pontos em aberto nessa vers�o: nenhuma das v�timas tinha carteira de habilita��o, o que explicaria a tentativa de fuga da PM. O relat�rio inclui uma persegui��o de 10 km entre Embu e Itapecerica da Serra. No final, um dos dois teria sacado uma arma, depois que a moto caiu. Testemunhas dizem que as marcas na moto s�o de uma batida na traseira.
A moto estava em nome de um amigo de Oliveira, que teria fugido de sua casa ap�s ser procurado por PMs. Em nota, a PM afirma que o caso � investigado. �Durante o acompanhamento, o garupa efetuou um disparo contra os Policiais Militares, alvejando o cap� de uma viatura, que estava no apoio�, diz o comunicado.
A��es
O promotor de Defesa do Patrim�nio P�blico e Social do Minist�rio P�blico Estadual Saad Mazloum convocou o coordenador operacional da PM, coronel S�rgio de Souza Merlo, respons�vel pelo policiamento da zona sul, para saber que medidas est�o sendo tomadas para garantir que os coletivos possam circular. A reuni�o ser� no dia 3. �O transporte est� relacionado ao direito constitucional de ir e vir�, disse. Representantes da Prefeitura e das cooperativas e empresas de �nibus tamb�m ser�o ouvidos. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
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Protesto por mortes motivou ataques a �nibus em SP
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