
A situa��o s� come�ou a melhorar quando ele viu que o n�mero de v�timas do mesmo tipo de preconceito era maior do que imaginava, e percebeu que poderiam agregar for�as contra o preconceito. Descobriu tamb�m outro fator que tinha em comum com as outras v�timas: a m�sica.
“S� encontrei o conforto que n�o tinha com a minha fam�lia, no f�-clube de uma artista que sempre defendeu a bandeira homossexual”, disse ele, hoje com 18 anos, referindo-se ao Haus of Little Monsters Brazil, f�-clube da cantora norte-americana Lady Gaga. Representante do f�-clube, Clarice Gulyas explica que o grupo � integrado principalmente por homossexuais, que, por compartilharem hist�rias como a de Lucas, passaram a organizar, tamb�m, a��es sociais de combate ao bullying e � homofobia.
Uma dessas a��es, o 1° Flash Mob Contra o Bullying e a Homofobia, ocorreu hoje (1º) no Museu Nacional da Rep�blica, em Bras�lia, envolvendo cerca de uma centena de jovens. Entre eles, Yuri Turate, de 20 anos. “Por causa das agress�es que sofri e, em especial, a uma que foi direcionada a mim, mas que acabou ferindo a amiga gr�vida que estava ao meu lado, tenho de tomar antidepressivos at� hoje”, disse o estudante que, na �poca, tinha 14 anos.
“Eu era magro e, de certa forma, afeminado. Isso incomodava muito outros estudantes. Como a escola n�o tinha nenhum tipo de preparo para lidar com a situa��o, acabei reprovando. Era um ambiente muito pesado e desinteressante. Dif�cil mesmo”, disse ele � Ag�ncia Brasil. “Al�m disso, eu tinha um pai homof�bico. Mas felizmente conseguimos contornar esse preconceito e hoje tenho, em minha casa, um ambiente de respeito e paz”, acrescentou.
Yuri � um dos fundadores do Haus of Little Monsters Brazil. Nas a��es sociais promovidas pelo f�-clube, busca ajudar a sociedade – e em especial os pais de homossexuais – a lidar com situa��es similares � vivida por ele e por Lucas.
“As conversas [sobre homossexualidade] t�m de ser abertas e respeitosas. Os pais precisam entender tamb�m o tempo em que vivem os filhos. E se tiverem dificuldades para aceitar uma realidade diferente da que eles esperavam, � importante buscar apoio com psic�logos ou se informarem, porque nem tudo � o que parece ser. A coisa � muito mais simples do que parece”, argumenta Yuri.