
Um desafio duplo: o Grupo Galp�o em seu primeiro encontro com o cinema; o cineasta Eduardo Coutinho interessado em descobrir meandros do teatro. Foram 18 dias de filmagem em Belo Horizonte e uma experi�ncia intensa de di�logo para produzir o document�rio Moscou. “O Coutinho tinha curiosidade pelas coisas, pelo novo. Era at� infantil de t�o bacana a vontade que ele tinha de descobrir, de se interessar pelo ser humano que estava ali, ao lado. Tivemos momentos muito especiais”, lembra Chico Pel�cio, ator do Galp�o. “Era um cara extraordin�rio. Tenho a maior admira��o por ele, independentemente de ser o maior documentarista, desse tipo de coisa. Era um ser humano maravilhoso”, completa o ator Eduardo Moreira.
Daquele julho de 2007, certamente, os atores se lembram quando a mesa de reuni�es do Grupo Galp�o recebia duas figuras que at� ent�o n�o haviam passado por l�: Eduardo Coutinho e Jo�o Moreira Salles. Como Eduardo Moreira relatou no di�rio que fez do projeto, foi Jo�o quem apresentou a ideia. Coutinho j� n�o tinha mais o que inventar e decidiu documentar o processo de cria��o de uma pe�a de teatro. No caso, os escolhidos foram o Galp�o e Tchekov.
O resultado foi Moscou, um dos longas realizados pelo cineasta que atestam a busca por novas formas de documentar e questionar a realidade. Inquieto � o adjetivo que para Eduardo Moreira melhor se aplica ao diretor. “Era muito aberto a tudo que acontecia, ao acaso. Nunca vi uma pessoa t�o dispon�vel”, recorda. No mundo contaminado por reality shows, o Galp�o foi convidado a embarcar em um jogo para testar os limites entre fic��o e realidade.
