Rio, 03 - O secret�rio de Seguran�a do Estado do Rio, Jos� Mariano Beltrame, criticou indiretamente os �rg�os federais respons�veis pelo controle das fronteiras do Pa�s e as leis de execu��o penal ao ser questionado nesta segunda-feira, 03, se o programa das Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPPs) est� em crise. Na tarde de domingo, 02, a soldado Alda Rafael Castilho, de 26 anos, foi morta durante um ataque de traficantes � sede da UPP do Parque Prolet�rio, no Complexo da Penha, na zona norte. Outras tr�s pessoas foram baleadas.
"Armas, muni��es e drogas n�o s�o feitas no Rio. As ordens v�m dos pres�dios. Pessoas presas voltam rapidamente �s ruas porque a lei legitima isso. Ent�o, por que s� as pol�cias do Rio t�m que falar das consequ�ncias dessas etapas que acabei de narrar?", disse.
Beltrame admitiu que as UPPs instaladas em grandes favelas s�o as mais problem�ticas. "Temos alguns incidentes, especialmente nas UPPs com mais de 100 mil habitantes. Elas s�o maiores que 80% dos munic�pios brasileiros. E dentro de uma �rea praticamente sem organiza��o nenhuma, o que facilita a a��o do tr�fico de drogas. Sem contar que, durante 30, 40 anos, essas fac��es n�o receberam o devido tratamento do Estado. Sofremos ontem uma covardia: uma policial foi covardemente atingida pelas costas. Essa morte n�o foi s� dela. A sociedade toda foi atingida pelas costas", afirmou o secret�rio.
Horas ap�s o ataque na Penha, as pol�cias iniciaram uma ofensiva em 14 favelas dominadas pelo Comando Vermelho. Empossado nesta segunda-feira, 03, o novo chefe de Pol�cia Civil, delegado Fernando Veloso, disse que as opera��es nestes locais v�o continuar por tempo indeterminado. Segundo ele, alguns dos envolvidos na emboscada na Penha j� foram identificados.
Veloso disse ainda que as principais preocupa��es de sua gest�o ser�o a consolida��o do processo de pacifica��o, os grandes eventos que o Rio vai sediar, as manifesta��es e as elei��es.