A avalia��o foi apresentada na tarde deste s�bado pelo delegado titular da 17ª DP de S�o Crist�v�o, Mauricio Luciano, respons�vel por comandar as investiga��es do caso. Segundo Luciano, “ele [F�bio] preparou uma vers�o com seu advogado para se eximir de responsabilidade, mas o delegado que o interrogou, da 16ª DP, me ligou passando a impress�o que ele teve. Viu que ele estava nervoso, gaguejando. A hist�ria dele n�o convence”, assegurou. Segundo o delegado, F�bio se apresentou com a profiss�o de tatuador e negou pertencer a grupos ideol�gicos, como os black blocs.
O delegado enfatizou que as imagens da TV Brasil mostram o rapaz caminhando lado a lado com o principal suspeito, embora afirme n�o conhec�-lo. “Tudo que ele falou n�o se coaduna com as imagens e n�o nos convenceu”. Por isso, F�bio Raposo foi indiciado pelos mesmos crimes daquele elemento que acionou a bomba, que s�o tentativa de homic�dio qualificado e crime de explos�o.
F�bio j� tem duas passagens pela pol�cia. Na 5ª DP, ele foi autuado em 7 de outubro do ano passado, e responde por crime de dano ao patrim�nio p�blico e associa��o criminosa. Na 14ª DP, em 22 de novembro de 2013, por crime de amea�a. Ambas as situa��es envolvem contextos de desordem p�blica, informou o chefe do Departamento Geral de Policiamento da Capital, Jos� Pedro Costa. “Ele � contumaz na participa��o nas manifesta��es”, indicou Maur�cio Luciano.
O delegado reiterou que a grande novidade nas investiga��es foi trazida por imagens cedidas pela TV Brasil, que revelaram a presen�a de um segundo autor do crime. “Isso acresceu nas investiga��es e, agora, nosso principal objetivo, depois de checar todas as imagens que j� recolhemos e ouvir todas as pessoas que devem ser ouvidas, � identificar o elemento que, efetivamente, deflagrou o roj�o que atingiu o Santiago”, disse Maur�cio Luciano.
A divulga��o das imagens tamb�m teria sido decisiva para o suspeito procurar a pol�cia. “Ele s� se apresentou porque a imagem foi divulgada � exaust�o pela televis�o”, afirmou o delegado. Isso porque, segundo avaliou, o jovem imaginou que seria facilmente identificado pelas tatuagens pelo corpo.
A pol�cia espera que, no depoimento marcado para a pr�xima segunda-feira (10), o fot�grafo de O Globo que diz ter presenciado o crime esclare�a se o artefato j� estava aceso ou n�o quando se encontrava no ch�o. “Isso a gente vai esclarecer com a prova testemunhal”.
O titular da 17ª DP esclareceu que a necessidade da pris�o de F�bio Raposo ser� analisada ao longo da investiga��o. Ele j� foi ouvido e indiciado, ou seja, � considerado algu�m sobre quem pesam ind�cios de participa��o em uma conduta criminosa. “A gente est� tratando ele como coautor desse crime”. Luciano disse que se o cinegrafista da Rede Bandeirantes morrer, os suspeitos estar�o sujeitos a pena que pode chegar a at� 35 anos de reclus�o.
Se houver necessidade, disse que a pol�cia poder� requisitar a quebra do sigilo telef�nico de Raposo � Justi�a, bem como resgatar informa��es trocadas pelo seu perfil do Facebook, que j� foi apagado. O delegado j� pediu aux�lio nesse sentido, inclusive, � Delegacia de Repress�o a Crimes de Inform�tica (DRCI) para ver a possibilidade de resgatar a p�gina de Fabio Raposo e as conversas travadas por ele no per�odo.