Cubanos do programa federal Mais M�dicos, respons�veis pelo atendimento em unidades b�sicas de sa�de nas periferias de grandes cidades e no interior do pa�s, t�m trabalhado sem receber o dinheiro da ajuda de custo prometido pelas prefeituras. Para driblar o atraso, eles improvisam rep�blicas, vivem de cestas b�sicas, recebem "vale-coxinha" e pagam, do pr�prio bolso, a passagem de �nibus para fazer visitas do Programa Sa�de da Fam�lia (PSF).
Embora o Minist�rio da Sa�de pague as bolsas, cabe �s prefeituras arcar com os custos de moradia, alimenta��o e transporte. A cl�usula � uma exig�ncia do governo federal para a participa��o no programa. "Em Cuba, disseram que ter�amos facilidades que n�o estamos encontrando aqui. Prometeram, por exemplo, que haveria um carro nas unidades para levar para as visitas domiciliares, mas isso n�o existe. Temos de pegar �nibus e pagamos a passagem", diz uma m�dica cubana que atende em uma UBS da capital paulista.
Os m�dicos reclamam tamb�m do vale-refei��o. "S�o R$ 180 por m�s, d� R$ 8 por dia de trabalho. Onde voc� almo�a em S�o Paulo com esse dinheiro?", pergunta um m�dico trazido por meio do conv�nio entre a Organiza��o Pan-americana de Sa�de (Opas), o governo federal e o governo cubano, que fica com a maior parte da bolsa.
Nenhum cubano ouvido na capital quis ter seu nome divulgado com medo de repres�lias. Eles receberam um comunicado oficial da Secretaria Municipal da Sa�de que os pro�be de conceder entrevista sem autoriza��o.