
Santiago, que teve afundamento do cr�nio e perdeu parte da orelha esquerda, foi submetido a uma cirurgia para diminuir a press�o craniana, assim que chegou ao hospital. No s�bado, uma tomografia comprovou que a hemorragia havia sido controlada, mas o estado de sa�de do cinegrafista piorou.
O profissional foi ferido quando cobria o protesto que ocorreu pr�ximo � Central do Brasil, no centro da capital fluminense. Ele tinha mais de 20 anos de profiss�o e trabalhava h� 10 anos na Rede Bandeirantes. Santiago era casado e pai de quatro filhos.
Por meio de nota, a Secretaria confirmou o estado do cinegrafista:
"A Secretaria Municipal de Sa�de lamenta informar a morte encef�lica do paciente Santiago Il�dio Andrade, diagnosticada nesta segunda-feira (10) pela equipe de neurocirurgia do Hospital Municipal Souza Aguiar, onde ele est� internado no Centro de Terapia Intensiva desde a noite de quinta-feira.
A pedido da fam�lia, a SMS torna p�blico o agradecimento a todos os que torceram pelo seu restabelecimento e que, num ato de solidariedade, atenderam ao chamado para doar sangue ao Hemorio."
Investiga��o
O advogado do tatuador suspeito de ter participado do ataque ao cinegrafista Santiago de Andrade, de 49 anos, disse nesta segunda-feira ter a identifica��o da pessoa que atirou um roj�o que feriu gravemente Santiago Andrade. Em entrevista ao canal Globonews, Jonas Tadeu Nunes explicou como conseguiu o nome do suspeito. “Atrav�s do F�bio eu localizei uma pessoa. Essa pessoa � �ntima desse rapaz e me passou o nome, me deu o n�mero de identidade, o CPF, me passou as informa��es necess�rias para a localiza��o dele”. Nunes disse ainda que vai repassar as informa��es para a Pol�cia Civil.
F�bio Raposo Barbosa, de 22 anos, foi preso na manh� desse domingo, na casa dos pais, no Bairro Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. O jovem concordou em colaborar com as investiga��es para identificar o rapaz a quem ele entregou o explosivo e orientar na confec��o de um retrato falado. Segundo a pol�cia, o jovem informou que n�o � amigo do rapaz, mas que j� o viu em outras manifesta��es.
Ao aderir � chamada “dela��o premiada” Raposo n�o escapa de eventual processo, mas pode ter a pena reduzida ap�s o julgamento, por ter colaborado na elucida��o do crime. Ele tamb�m poder� aguardar o fim do processo em liberdade. A inten��o � identificar o homem que deflagrou o roj�o. “Ele n�o admitiu ainda que o conhe�a, mas acredito que sim. Inclusive, j� perguntou v�rias vezes quais seriam os benef�cios com a dela��o e, ao ser preso, o padrasto o orientou tamb�m a dizer quem � o outro manifestante”, afirmou o delegado Maur�cio Luciano de Almeida, respons�vel pelo caso.
Ainda de acordo o delegado, Raposo diz ter recebido uma liga��o de um n�mero n�o identificado o amea�ando e o coagindo a assumir a culpa sozinho. “Isso tamb�m pode ser um fator que esteja dificultando a dela��o. A pessoa que ligou disse que era para ele assumir a culpa sozinho, caso contr�rio sofreria as consequ�ncias. Vamos pedir a quebra do sigilo telef�nico e investigar essa liga��o”, afirmou o delegado.
F�bio Raposo foi indiciado pela pol�cia sob suspeita de tentativa de homic�dio, mas o advogado quer a redu��o para les�o corporal grave, em troca de ajuda � pol�cia. Durante a madrugada de anteontem, o tatuador se apresentou espontaneamente � pol�cia e disse ter sido ele a pessoa que entregou o roj�o ao rapaz ainda n�o identificado, que acionou o artefato e atingiu Andrade.
O advogado do tatuador, Jonas Tadeu Nunes, vai tentar revogar a pris�o tempor�ria, v�lida por 30 dias, e reduz�-la ao prazo de cinco dias. Esse recurso, por�m, s� ser� apresentado na ter�a-feira, segundo Nunes. O tatuador prestou depoimento durante pouco mais de quatro horas na 17ª DP (S�o Crist�v�o) e de l� seguiu para a Cidade da Pol�cia, complexo que agrupa delegacias especializadas situado no Jacarezinho, na Zona Norte. Ap�s uma triagem, seguir� para o sistema penitenci�rio.
Com informa��es da Ag�ncia Brasil