O corpo do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago de Andrade, que sofreu morte cerebral na segunda-feira, 10, ap�s ser atingido por um roj�o quando cobria uma manifesta��o no centro do Rio, na quinta-feira, 6, ser� velado e cremado na pr�xima quinta-feira, 13, no Memorial do Carmo, no Caju, zona portu�ria do Rio.
O corpo do cinegrafista chegou ao Instituto M�dico-Legal na madrugada desta ter�a, 11, informou a Pol�cia Civil. Segundo informa��es da Rede Bandeirantes, o vel�rio ser� aberto ao p�blico das 7 horas �s 11h de quinta. Depois, a cerim�nia seguir� apenas com a presen�a de parentes do cinegrafista, at� a crema��o.
Mesmo ap�s a neurocirurgia para estancar o sangramento e estabilizar a press�o intracraniana, Andrade ficou com mais de 90% do c�rebro sem irriga��o sangu�nea. A mulher dele, Arlita, esteve no hospital durante a segunda-feira, mas n�o falou com a imprensa. Na tarde de segunda-feira, a fam�lia doou os �rg�os, conforme pedido pr�vio do cinegrafista.
Durante todo o dia, o clima na porta do hospital foi de como��o e tristeza. � noite, a emissora realizou uma missa na Igreja Santa Cec�lia, em Botafogo, em mem�ria do cinegrafista. Colegas da Band afirmaram que o clima na empresa era de tristeza e revolta. Amigo de Andrade desde que ele come�ou na emissora, em julho de 2004, um funcion�rio que preferiu n�o se identificar contou que o cinegrafista estava em outra cobertura e foi escalado para filmar a manifesta��o depois do seu hor�rio.
Emo��o
No Facebook, a filha do cinegrafista, a jornalista Vanessa Andrade, de 29 anos, escreveu uma declara��o emocionada pouco depois de saber sobre a morte do pai. Ela contou alguns momentos marcantes que viveu com Andrade, desde a inf�ncia at� a despedida.
“Esta noite (ontem) eu passei no hospital me despedindo. S� eu e ele. Deitada em seu ombro, tivemos tempo de conversar sobre muitos assuntos, pedi perd�o pelas minhas falhas e prometi seguir de cabe�a erguida e cuidar da minha m�e e de meus av�s”.
Em sua p�gina pessoal, ela recebeu o apoio e o carinho de amigos, familiares e at� desconhecidos. Nas redes sociais, o clima era de indigna��o e inconformismo pela morte do cinegrafista. Em entrevista � TV Globo, ap�s deixar o hospital no domingo � noite, Arlita afirmou que ao visitar o marido sentiu “que ele n�o estava nem mais l�”. Ela contou que, na quinta-feira � noite, ligou para o marido e foi atendida por outro cinegrafista que relatou a trag�dia. “Achei que n�o tinha entendido e falei: ele foi fazer alguma mat�ria sobre algu�m que levou uma bomba? A pessoa falou: ‘N�o, foi ele mesmo’”, relembrou.
