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Estado de Minas

Maria do Ros�rio diz que morte de cinegrafista n�o foi por falta de equipamento

Grupo foi criado um grupo para discutir a quest�o dos direitos humanos para a �rea da comunica��o


postado em 11/02/2014 22:58

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Ros�rio, disse nesta ter�a-feira que a morte do cinegrafista Santiago Andrade n�o aconteceu porque ele estava sem equipamento de prote��o ou porque n�o havia algu�m do lado dele no momento em que fazia a cobertura de uma manifesta��o, no centro do Rio, contra o reajuste das tarifas de �nibus. Para a ministra, o que causou a morte do profissional foi o roj�o que estava com F�bio Raposo e a participa��o de Caio Silva de Souza, suspeito de ter acendido o artefato.

“Santiago Andrade n�o morreu porque faltava equipamento. Ele n�o foi morto porque existia aus�ncia de algu�m ao lado dele. Pode ser que alguma medida a mais pudesse ser tomada, mas ele morreu, foi morto, porque algu�m levou um artefato de morte e de viol�ncia a uma manifesta��o. Ent�o eu n�o posso hoje sustentar a apresenta��o de equipamentos como algo que salva vida. O que salva vida, principalmente, � que n�o haja inten��o de matar. Ali o que existia era artefato que levou � morte”, disse a ministra ao participar de reuni�o da Comiss�o da Verdade do Rio (CEV-Rio).

Maria do Ros�rio explicou que a secretaria criou um grupo de trabalho que j� vem atuando h� um ano para discutir a quest�o de direitos humanos para a �rea de comunica��o. O grupo, segundo ela, foi constitu�do ap�s o assassinato do jornalista Rodrigo Neto, em Ipatinga, morto porque fazia reportagens contra grupos de exterm�nio. Al�m desse caso, pesaram tamb�m as mortes de Val�rio Luiz, em Goi�nia, e de outros profissionais denunciadas � secretaria. A ministra explicou que o trabalho � acompanhado pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco), por entidades empresariais e de trabalhadores em comunica��o de todo o pa�s.

O relat�rio preliminar do grupo de trabalho aponta algumas propostas. De acordo com a ministra, uma delas � a cria��o, junto com a Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), de um observat�rio permanente sobre a viol�ncia contra jornalistas no Brasil para evitar a impunidade. O relat�rio prop�e ainda a��es de aten��o especial do Estado para os jornalistas amea�ados, como os casos de Andr� Caramante e Mauro Konik, um de S�o Paulo e outro do Paran�. Para as empresas de comunica��o, a proposta � que atuem, junto com o governo, em um protocolo no qual a empresa e o Estado produzam mecanismos de prote��o ao comunicador. “Que o cinegrafista, por exemplo, n�o esteja sozinho, possa ter m�todos de prote��o, dist�ncias de lugares de confronto para que ele, pela vis�o muitas vezes do melhor lugar para encontrar uma imagem, n�o fique exatamente no fronte”, explicou.

Mas para a ministra, tudo isso fica secund�rio diante da morte do Santiago Il�dio Andrade. “Acho que devemos primeiro pensar sobre isso. N�o misturar uma coisa com a outra. Pediria a voc�s [jornalistas], mesmo que a secretaria levante estes aspectos, que s�o importantes; eles s�o importantes daqui para diante. N�o se coloque a responsabilidade em quem quer que seja, al�m de quem utilizou o artefato na morte deste cinegrafista”, defendeu a ministra.

A coordenadora-geral do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) da Secretaria de Direitos Humanos, T�ssia Rabelo, disse que na segunda-feira (17) o relat�rio ser� finalizado, e pode ser divulgado no mesmo dia. Ela informou que a ONU j� apresentou a possibilidade de o observat�rio ser instalado no Rio de Janeiro, com uma linha do programa de prote��o a comunicadores, a exemplo do que j� existe para as testemunhas. Ela acredita que o observat�rio pode ser criado ainda este ano.


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