Rio (AE), 12 - Uma pessoa calma, simp�tica, trabalhadora e de boa �ndole. Assim Caio Silva de Souza, de 23 anos, foi descrito por pessoas que trabalham perto do Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande, zona oeste do Rio. Funcion�rio da empresa Hope, que terceiriza servi�os, o auxiliar de servi�os de limpeza e conserva��o de �reas p�blicas trabalhava como porteiro no hospital desde 24 de julho de 2013.
Os funcion�rios do hospital e da Hope confirmaram que Souza trabalhava das 7h �s 19h, em dias alternados. Na ter�a-feira, 11, a divulga��o das fotos de Souza foi uma surpresa para todos. O �nico assunto nos corredores do hospital e nas poucas lojas da rua Augusto de Vasconcelos era a pris�o do colega de trabalho por disparar o roj�o que causou a morte do cinegrafista Santiago Andrade.
Uma funcion�ria da farm�cia em frente ao hospital afirmou que, apesar do pouco contato, Souza sempre foi muito educado com todos. Todos sabiam que ele ia para os protestos, mas n�o tinham ideia do que ele fazia. Ela chegou a ser chamada para ir na manifesta��o de quinta-feira, 06, mas rejeitou.
"Apesar de tudo acho que foi uma fatalidade. Ele n�o tinha a inten��o de acertar ningu�m, muito menos de matar uma pessoa", disse a mulher. Ela afirmou que ele era muito prestativo e ajudava as pessoas. "Sempre que podia, ele dava p�o para os moradores de rua que ficam aqui perto do hospital".
Um "flanelinha" contou que Souza era uma pessoa discreta, que cumprimentava a todos. "Ele sempre me cumprimentou e nunca fez nada de mal para ningu�m aqui".