
Caio Silva de Souza, suspeito de ter acendido o roj�o que provocou a morte do cinegrafista da TV Band, Santiago Il�dio Andrade, est� preso na Cadeia P�blica Jos� Frederico Marques, no Complexo Penitenci�rio de Gericin�, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, e permanecer� detido na unidade. Antes de ser levado para o pres�dio, esteve no Instituto M�dico Legal (IML), onde fez exame de corpo de delito.
Caio foi preso na madrugada desta quarta-feira, em Feira de Santana, na Bahia. Ele saiu do Rio em dire��o � cidade de Ipu, no Cear�, mas foi convencido pela namorada a se entregar. Os contatos foram feitos por telefone celular. Segundo o delegado Maur�cio Luciano, respons�vel pela investiga��o da morte de Santiago Andrade, ele tinha dois celulares, vendeu o mais caro para pagar a passagem de �nibus para o Cear�, onde moram os av�s paternos. O outro aparelho foi usado para os contatos com a namorada.
O tatuador F�bio Raposo, que estava junto com Caio no momento em que o roj�o foi aceso, tamb�m est� preso no Complexo de Gericin�, mas em outro local. Desde segunda-feira (10), F�bio Raposo encontra-se na Penitenci�ria Bandeira Stampa. Segundo a Secretaria de Estado de Administra��o Penitenci�ria (Seap) somente a Justi�a poder� decidir por quanto tempo eles permanecer�o detidos no complexo penitenci�rio.
O delegado Maur�cio Luciano disse que recebeu hoje as informa��es que estavam faltando para formalizar o inqu�rito. Segundo ele, ainda ser� colhido o depoimento de uma testemunha antes de o documento ser encaminhado ao Minist�rio P�blico. “Foram complementadas quase todas [as informa��es] hoje, e foram juntados o exame cadav�rico da v�tima, o laudo de local e o laudo do artefato explosivo. Est� faltando apenas o depoimento de uma testemunha, e esperamos enviar o inqu�rito na sexta-feira (14) ao Minist�rio P�blico, devidamente relatado”, disse em entrevista � Ag�ncia Brasil.
Quanto �s den�ncias do advogado Jonas Tadeu Nunes, que representa os dois suspeitos, sobre o aliciamento de manifestantes para atos violentos nas manifesta��es, e que em troca recebem R$150, o delegado disse que o advogado vem falando � imprensa, mas deveria se dirigir a uma autoridade policial para dar informa��es sobre o assunto. “O que o advogado est� falando pode ser objeto de alguma investiga��o. Ele tem falado � imprensa. � preciso que ele v� a uma delegacia e diga o que sabe. Ficar denunciando na imprensa, noticiando, n�o vai resolver. Tem que ir at� a delegacia, trazer os elementos que ele tem para fazer tais afirma��es, e a� a gente pode investigar de maneira isenta e cautelosa”, esclareceu.
O delegado informou que o advogado n�o chegou a conversar com ele sobre o assunto. “N�o comentou, e coment�rios a gente n�o pode levar em considera��o, se n�o for reduzido a termo, se ele n�o prestar informa��es como testemunha”, disse.
Maur�cio Luciano negou que tenha sido formada uma for�a-tarefa para apurar a possibilidade de aliciamento de manifestantes. O policial explicou que t�m ocorrido v�rias manifesta��es, e quando h� atos de vandalismo e de desordem, elas geram investiga��es. “Todas as investiga��es em que h� informa��es sens�veis, contamos com a colabora��o dos �rg�os de intelig�ncia necess�rios a alimentar o banco de dados para fazermos as investiga��es. Portanto, s�o investiga��es feitas a partir de investiga��es, mas n�o h� forma��o propriamente de for�a-tarefa".
Por isso, ele destacou que s�o diferentes dos inqu�ritos que apuram a morte do cinegrafista e o aliciamento de manifestantes. “O que ficou claro, e eu reforcei esta ideia, � que n�s apuramos no caso Santiago um crime de homic�dio. Ent�o o que n�s fizemos em cinco dias foi identificar a autoria e apresentar a materialidade do crime. A gente n�o vai misturar investiga��es que eventualmente venham apurar financiamento para atos de vandalismo em manifesta��es. Ser�o objeto de novos inqu�ritos para que n�o haja nenhum tipo de preju�zo � investiga��o que identificou os autores do homic�dio do cinegrafista da Bandeirantes”, explicou.