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Estado de Minas

Black bloc de SP afirma que vai radicalizar na Copa

Adeptos da t�tica n�o descartam nem mesmo ataques contra delega��es de times estrangeiros


postado em 16/02/2014 09:07 / atualizado em 16/02/2014 09:12

Mesmo ap�s o uso de um roj�o causar a morte do cinegrafista Santiago Andrade em um protesto no Rio, os adeptos da t�tica black bloc, em S�o Paulo, prometem radicalizar durante as manifesta��es contra a Copa do Mundo e n�o descartam nem mesmo ataques contra delega��es de times estrangeiros.

“Nossa t�tica nunca foi ferir civis, mas, se n�o formos ouvidos, a gente vai dar susto em gringo. N�o queremos machucar, mas se for preciso ‘tacar’ (coquetel) molotov em �nibus de delega��o ou em hotel em que as sele��es v�o ficar, a gente vai fazer”, disse, em entrevista ao Estado, o estudante Pedro (nome fict�cio), adepto da t�tica em S�o Paulo.

Segundo ele, as a��es s�o discutidas pelos black blocs, que est�o organizados no que chamam de c�lulas - pequenos grupos de at� 30 pessoas que participam dos protestos juntos. “A gente evita falar pelo Facebook. Essas estrat�gias combinamos pessoalmente ou pelo Whatsapp. Para te dar essa entrevista, eu tive de consultar os outros adeptos”, contou.

Em S�o Paulo, s�o pelo menos dez c�lulas. “No total, devem ser uns 300 participantes que s�o realmente ativos, mas, na Copa, tenho certeza de que o n�mero ser� maior. Acho que v�o ser mais de mil”, afirma.

De acordo com o manifestante, o objetivo � mostrar para os estrangeiros que o Pa�s n�o tem seguran�a e faz�-los desistir de ficar no Brasil. “Se uma sele��o sentir que h� risco de vida, eles v�o querer continuar aqui? N�o somos contra a Copa do Mundo nem contra o futebol. A nossa luta � por uma educa��o e uma sa�de melhores”, afirmou o jovem, morador de Itaquera, na zona leste.


Ele disse que a morte do cinegrafista da Band foi uma fatalidade e que os respons�veis pela a��o n�o s�o black blocs.

Pedro revelou ainda que, embora os adeptos da t�tica n�o tenham reuni�es peri�dicas nem uma lideran�a, eles est�o se preparando juntos para os protestos contra a Copa, at� mesmo com treinamento f�sico. “Todo mundo deve se preparar porque a Pol�cia Militar vai vir em peso. A gente est� se preparando com treinos de artes marciais como Krav Mag�, Jiu-j�tsu e Muay Thai”, disse.

O pr�ximo grande ato contra a Copa est� programado para o s�bado, dia 22, em v�rias cidades do Pa�s. Pelo Facebook, mais de 10 mil pessoas j� confirmaram presen�a na manifesta��o da capital paulista.

Diversidade. Ao contr�rio das manifesta��es de junho, que tiveram como principal articulador o Movimento Passe Livre (MPL), os protestos contra a Copa n�o t�m um �nico organizador e re�nem os mais diversos movimentos sociais, desde militantes da �rea da sa�de at� os chamados hackerativistas, como os integrantes do Anonymous. Esses grupos formaram o coletivo Se N�o Tiver Direitos N�o Vai Ter Copa.

Para I.G., integrante do movimento Contra Copa 2014 que divulga os atos nas redes sociais, os atuais protestos agrupam muitos manifestantes de junho que se sentiram “abandonados” ap�s o MPL conseguir a redu��o da tarifa de �nibus em v�rias cidades do Pa�s.

“Me senti �rf�o do MPL porque eles abandonaram as ruas. Foi assim que outros protestos horizontais foram aparecendo e come�ou a se criar grupos de afinidade. Os protestos agora s�o horizontais, populares e sem interfer�ncia de partidos e sindicatos”, disse.

Os manifestantes contra a Copa prometem atuar em v�rias frentes, at� mesmo fora das ruas. “O que posso dizer � que vamos apoiar os protestos de rua com a��es virtuais que ainda n�o podem ser ditas”, afirmou um integrante do Anonymous. A invas�o de p�ginas oficiais est� prevista.
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