O "rolezinho", fen�meno que ganhou for�a no in�cio deste ano, deixou os shoppings e virou tema de bloco de carnaval. Com sa�da prevista para domingo, o Rolezinho das Crioulas quer ocupar a Vila Madalena. “Este � um momento oportuno para trazermos quest�es como o racismo � tona. Queremos ocupar o espa�o p�blico e tratar de forma leve e divertida as nossas reivindica��es”, diz Adriana Barbosa, de 36 anos, produtora cultural e uma das organizadoras do bloco.
Assim como o Rolezinho das Crioulas, outros 66 blocos v�o sair �s ruas da cidade neste fim de semana - mais do que o total de inscritos na Prefeitura em todo o carnaval de 2013. At� a Quarta-Feira de Cinzas, no dia 5 de mar�o, mais 52 est�o previstos. A facilidade em inscrever os blocos estimulou o surgimento de grupos focados em p�blicos espec�ficos, al�m de abrir espa�o para foli�es de fora do Estado.
Pela primeira vez, sair� o Loucos por Carnaval, organizado pelo Centro de Aten��o Psicossocial (Caps) Adulto II de Cidade Ademar, na zona sul, que oferece assist�ncia a pessoas com transtorno mental. “Com a iniciativa da Prefeitura de credenciamento, vimos a oportunidade de sair com seguran�a”, diz Carolina Tosetto, gerente do Caps. Os pacientes participam de oficinas de elabora��o de adere�os para o desfile.
“Uma das nossas fun��es � trabalhar o estigma da loucura e a capacidade de viver em sociedade. Um trabalho como este traz ganhos aos pacientes. Eles est�o empolgad�ssimos e muito envolvidos”, diz Carolina. Cerca de 50 pessoas participar�o da folia, no dia 28.
De Pernambuco, uma Orquestra de Frevo, um casal de passistas e um boneco gigante de Olinda v�m pela primeira vez ao carnaval paulistano. Eles se apresentar�o em um festival promovido pelo Centro Cultural Banco do Brasil na Pra�a do Patriarca e a orquestra, fundada em 1954, vai percorrer v�rias ruas da regi�o ao ritmo de frevo, maracatu, pop e rock.
Gera��es
O Bloco Beb�, que existe desde o ano passado, � tamb�m um grupo de m�sica que toca instrumentos com timbres especialmente escolhidos para os ouvidos das crian�as. “� gostoso que as m�es saiam de casa e apresentem o mundo aos beb�s”, afirma uma das idealizadoras, Tatiana Tardioli. J� o Unidos da Melhor Idade, que existe desde 1994, s� tem pessoas acima de 50 anos.
“Acho muito bonito o carnaval de rua. E � saud�vel, porque n�o precisa ficar a noite inteira, como nas escolas de samba”, diz a presidente do bloco, Odete Morales, de 72 anos.