A manifesta��o contra os gastos com a Copa do Mundo re�ne mil pessoas na Pra�a da Rep�blica, no centro da capital paulista, informou a Pol�cia Militar (PM). Segundo a corpora��o, o ato come�ou �s 17h e transcorre de forma pac�fica.
Na p�gina do evento no Facebook, os organizadores criticam a forma como a Copa do Mundo ocorrer� no pa�s. “Bilh�es do nosso dinheiro p�blico est�o sendo gastos em est�dios privados, milhares de fam�lias est�o sendo removidas de suas casas e os investimentos em rodovias e transporte p�blico encontram mais um motivo para servir � especula��o imobili�ria”.
“Iremos �s ruas pela educa��o p�blica estatal de qualidade, por 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educa��o, por vagas para todos - da creche � universidade, por valoriza��o dos professores”, diz o comunicado. Mais de 14 mil pessoas confirmaram presen�a no evento.
Esse � o segundo protesto do ano contra a Copa, em S�o Paulo. O primeiro, h� quase um m�s, foi marcado pela viol�ncia. O protesto teve a participa��o do movimento Black Bloc, que entrou em confronto com a Tropa de Choque. Parte dos manifestantes ficou presa dentro de um hotel na Rua Augusta, quando tentava se refugiar das bombas de g�s lacrimog�neo e balas de borracha. Um dos participantes, Fabr�cio Alves, de 22 anos, reagiu a uma abordagem da PM com um estilete, levando dois tiros, que atingiram o t�rax e o p�nis. Fabr�cio ficou 16 dias internado na Santa Casa.
Hoje o Departamento Estadual de Investiga��es Criminais (Deic) intimou manifestantes suspeitos de pr�ticas criminosas para prestarem depoimento. No Facebook, militantes divulgaram fotos das intima��es. Os suspeitos foram convocados a prestar depoimento �s 16h sobre crimes de dano e forma��o de quadrilha.
Na p�gina da rede social, os manifestantes reclamaram, dizendo que a intima��o para as 16h seria uma tentativa desleal de enfraquecer o ato, que foi marcado para as 17h. “A Pol�cia Civil, a mando de for�as maiores, est� intimando manifestantes a depor no mesmo dia e hor�rio da manifesta��o contra Copa. Essa � a forma que eles encontraram de intimidar os ativistas. N�o vamos nos calar diante dessa afronta”, dizem.
A Secretaria de Estado da Seguran�a P�blica de S�o Paulo (SSP) informou que as oitivas fazem parte de uma s�rie de depoimentos previamente agendados. Desde outubro, quando foi instaurado o inqu�rito para investigar os participantes de protestos, mais de 80 pessoas foram ouvidas.