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Estado de Minas

Fam�lias que tiveram parentes espancados no DF reclamam da falta de puni��o

As sequelas e a falta de puni��o aos acusados, apesar da extrema agressividade empregada nos ataques, marcam as v�timas da covardia recorrente em Bras�lia


postado em 26/02/2014 08:03

“Eu n�o sei se o meu irm�o vai poder andar de bicicleta, correr e nadar, coisas que ele amava fazer.” O desabafo da banc�ria Sara Silva Lopes Xavier, 30 anos, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), tinha como alvo a Justi�a. Irm� de Lucas Silva Lopes Xavier, 27, espancado no �ltimo domingo no Shopping Pier 21, ela teme que o caso do professor de educa��o f�sica caia no esquecimento e os dois agressores n�o sejam punidos. A preocupa��o dela faz sentido. Sara e cinco fam�lias de jovens linchados no Distrito Federal foram reunidos para falar sobre o problema. Apesar da viol�ncia, em nenhum dos casos, os autores das barb�ries receberam puni��o exemplar.

Em comum, todos carregam o trauma e a revolta das agress�es desmedidas. Enquanto conversavam, os que sofreram com a brutalidade no passado se colocavam no lugar de quem est� em recupera��o. O servidor p�blico Gabriel Pereira de Souza, 22 anos, quase morreu ao receber socos e pontap�s a poucos metros de onde Lucas foi covardemente agredido, tamb�m no shopping Pier 21, no Setor de Clubes Sul.

Em julho de 2007, Gabriel foi deixado desacordado no estacionamento externo do centro comercial. Cinco recrutas da Aeron�utica tinham como alvo o amigo do garoto, que conseguiu fugir. O grupo, ent�o, decidiu descontar a raiva no rapaz franzino, � �poca, com 15 anos. Ele n�o correu, para proteger a namorada. Gabriel lembra ter recebido golpes na cabe�a e no rosto. Como resultado, ficou 40 dias sem poder abrir a boca. Nesse per�odo, s� se alimentava por meio de um canudo. “A dor f�sica era imensa, mas n�o havia nada pior do que ver a minha m�e chorando ao bater os alimentos no liquidificador”, contou.

O caso foi registrado na 1ª DP (Asa Sul), a mesma unidade que investiga o espancamento de Lucas. Indignado pela condu��o do inqu�rito, Gabriel retirou a queixa. “O indiciamento foi por les�o corporal. Eu ia me expor tendo de ficar frente a frente com esses marginais durante as audi�ncias para, depois, eles serem condenados a pagar cesta b�sica. Bateram para me matar. No m�nimo, deveriam responder por homic�dio culposo”, revoltou-se.


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