Ministra critica pol�cia e MP por a��o que prendeu ator

Rio, 27 - A a��o da Pol�cia Civil e do Minist�rio P�blico do Rio (MP-RJ) na pris�o do vendedor e ator Vin�cius Rom�o, de 26 anos, foi criticada pela ministra Maria do Ros�rio, da Secretaria de Direitos Humanos da Presid�ncia da Rep�blica (SDH/PR). Ela classificou a a��o como "uma s�rie de viol�ncias" contra o jovem que ficou 16 dias preso sob a acusa��o de assaltar uma mulher no M�ier, zona norte do Rio.

"A situa��o do Vin�cius demonstra uma s�rie de viol�ncias contra ele, que foi acusado injustamente, preso indevidamente e irregularmente, e agora est� em liberdade. O caso � grave porque ele foi preso em um flagrante que n�o existiu e apontado, pela pol�cia, como respons�vel por um crime que n�o cometeu", afirmou a ministra nesta quinta-feira, 27, durante o lan�amento da Campanha Nacional de Carnaval pelo Fim da Viol�ncia Sexual Contra Crian�as e Adolescentes, no Rio.

"Erraram a pol�cia, o MP-RJ, as institui��es e o Estado, o que me inclui, que acusaram um negro, que n�o teve condi��es de ser ouvido e demonstrar que n�o era ele (o culpado). Isso demonstra uma situa��o de racismo institucional que n�s n�o podemos aceitar no Brasil", disse. Ros�rio destacou que Rom�o "tem total direito � repara��o" e recomendou que ele busque a Justi�a para ser indenizado pela pris�o err�nea. A ministra lembrou que, assim como o ator, no Brasil existem 200 mil pessoas presas em situa��o provis�ria, sem julgamento.

O lan�amento da campanha no Carnaval se deve ao aumento da incid�ncia de casos de explora��o sexual no per�odo. Em 2013, o Disque 100, telefone gratuito para denunciar casos de viol�ncia registrou 15.635 den�ncias de viola��o dos direitos de crian�as e adolescentes no Brasil. "A cada den�ncia, movimentamos uma rede que envolve SDH, pol�cias Civil e Militar, MP, conselhos tutelares, assistentes sociais, escolas e hospitais para defender as pessoas que tiveram os direitos violados", disse a ministra.

No entanto, segundo o desembargador da 7� C�mara Criminal do Tribunal de Justi�a do Estado do Rio de Janeiro, Siro Darlan, falta estrutura na capital fluminense. "Toda campanha de prote��o � crian�a e ao adolescente precisa de ferramentas e estrutura e, no Rio, a situa��o � ca�tica. S� temos 13 conselhos tutelares que funcionam mal e porcamente, quando dever�amos ter 60".

A Campanha pelo Fim da Viol�ncia, segundo Ros�rio, � uma prepara��o para a Copa do Mundo e para os grandes eventos que o Pa�s vai receber. "Para que as crian�as e adolescentes cres�am como cidad�os respons�veis precisamos acabar com o racismo, a viol�ncia e todas as formas de discrimina��o. Essa ser� a Copa contra o racismo e pela paz, essas s�o as palavras da presidenta Dilma".