Representantes das organiza��es n�o governamentais (ONGs) Justi�a Global, Conectas e Sociedade Maranhense de Direitos Humanos fizeram um pronunciamento nesta segunda-feira (10), no Conselho de Direitos Humanos das Na��es Unidas (ONU), denunciando os casos de mortes e de outras viola��es de direitos humanos ocorridos no Complexo Penitenci�rio de Pedrinhas, em S�o Lu�s, no Maranh�o.
A advogada da Conectas, Vivian Calderoni, fez um relato sobre os casos de morte e decapita��es dizendo que a situa��o continua cr�tica no local. “A resposta dada pelo governo foi militarizar o pres�dio”, afirmou Vivian, que est� em Genebra, na Su��a. Ela citou ainda a exist�ncia de um v�deo que mostra a Pol�cia Militar disparando balas de borracha nas costas de presos nus, enfileirados contra a parede.
Ela disse ainda que as cenas de horror n�o s�o exclusividade de Pedrinhas e falou das mazelas do sistema prisional brasileiro. Vivian destacou os problemas de falta de alimenta��o adequada e �gua nas pris�es brasileiras, al�m da superlota��o e das dificuldades de acesso a emprego, sa�de e educa��o.
Representantes das ONGs pediram a visita do relator especial das Na��es Unidas sobre a tortura, Juan M�ndez, ao Complexo de Pedrinhas.
No dia 1º de mar�o, mais um detento foi morto no interior do maior estabelecimento prisional maranhense, elevando para quatro o n�mero de mortos em Pedrinhas desde o in�cio do ano. Com isso, levando-se em conta os dados do Conselho Nacional de Justi�a (CNJ), chega a 64 o total de detentos assassinados em Pedrinhas desde o in�cio de 2013.
Desde meados de dezembro do ano passado, quando uma rebeli�o deixou nove mortos e ao menos 20 feridos, policiais militares refor�am a seguran�a do complexo penitenci�rio. A pedido do governo estadual, homens da For�a Nacional de Seguran�a P�blica tamb�m auxiliam na seguran�a dos estabelecimentos prisionais da regi�o metropolitana de S�o Lu�s, entre eles, o de Pedrinhas.