Rio, 20 - Pelo menos tr�s sedes de Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPPs) foram atacadas por criminosos na noite desta quinta-feira, 20, na zona norte do Rio. Uma delas foi incendiada e seu comandante, baleado. Outro PM foi ferido com uma pedrada. Dois suspeitos foram baleados e um deles foi preso.
O tumulto come�ou na UPP de Manguinhos, por volta das 18h30. Policiais da unidade tinham ido at� um pr�dio abandonado, que havia sido ocupado por invasores, com a inten��o de cumprir uma ordem de desocupa��o. A retirada dos invasores come�ou pac�fica, mas um grupo passou a atacar os policiais com pedradas. Um soldado foi ferido a pedrada e o tumulto aumentou, exigindo a interven��o do Batalh�o de Choque.
Traficantes se aproveitaram da confus�o e atacaram policiais e a sede da UPP. Houve troca de tiros, durante a qual o capit�o Gabriel de Toledo, comandante da UPP, foi baleado na coxa direita. Levado inicialmente ao Hospital Federal de Bonsucesso, na mesma regi�o, ele foi submetido a exames e depois transferido para o Hospital da Pol�cia Militar, onde seria operado durante a madrugada.
Criminosos tamb�m atacaram dois carros da PM e o cont�iner onde funcionava a UPP, ateando fogo a eles. O inc�ndio atingiu a rede el�trica e deixou sem eletricidade parte do conjunto de favelas, composto por 13 comunidades.
Por conta do tumulto e da troca de tiros, a circula��o de trens da Supervia no ramal de Saracuruna, que passa perto da comunidade, foi interrompida por volta das 19h30 e regularizada apenas �s 22 horas. A avenida Leopoldo Bulh�es, principal via das imedia��es de Manguinhos, tamb�m foi interditada.
Outros ataques
Por volta das 20 horas, criminosos atacaram outra UPP, a Camarista-M�ier, situada no complexo de favelas de Lins de Vasconcelos e inaugurada em 2 de dezembro de 2013. A unidade foi atingida a tiros por bandidos, mas ningu�m foi atingido.
O terceiro ataque foi � UPP do Alem�o. Policiais foram surpreendidos por bandidos e houve tiroteio. Dois suspeitos foram baleados. Um deles conseguiu fugir, mas o outro foi preso. Seu nome n�o havia sido divulgado at� a noite.
Um quarto ataque (� UPP Arar� e Mandela, vizinha de Manguinhos) tamb�m chegou a ser divulgada por moradores atrav�s das redes sociais, mas n�o havia sido oficialmente confirmada.
Em nota, o governo do Estado do Rio afirmou que mant�m "o firme compromisso assumido com as popula��es das comunidades e com a popula��o de todo o Estado do Rio de Janeiro de n�o sair, em hip�tese alguma, desses locais ocupados e manter a pol�tica da pacifica��o".
Ataques de criminosos a policiais e sedes de UPPs t�m se tornado cada vez mais frequentes. Toledo foi o segundo oficial de UPP baleado neste m�s. No dia 13, o subcomandante da UPP da Vila Cruzeiro, Leidson Alves, de 27 anos, morreu baleado na testa, no Parque Prolet�rio, na Penha (zona norte). Desde que as UPPs come�aram a ser implantadas, em 2008, 11 policiais que atuavam nessas unidades foram mortos.