Rio, 21 - O tenente-coronel Cl�udio Luiz Silva Oliveira foi condenado a 36 anos de pris�o pelo assassinato da ju�za Patr�cia Acioli, morta com 21 tiros, em 2011. A decis�o do 3.� Tribunal do J�ri saiu na madrugada desta sexta-feira. Os jurados entenderam que o tenente-coronel "encomendou" a morte de Patr�cia e o condenaram a 30 anos de pris�o por homic�dio triplamente qualificado, cometido por motivo torpe, mediante emboscada e com o objetivo de assegurar impunidade do arsenal de crimes, e a 6 anos por forma��o de quadrilha. Foi declarada ainda a perda do cargo p�blico.
O julgamento durou 20 horas e foram ouvidas seis testemunhas de acusa��o e cinco de defesa. De acordo com os depoimentos, o Grupo de A��es T�ticas (GAT) do 7.� Batalh�o da Pol�cia Militar (S�o Gon�alo), comandado por Cl�udio Luiz, praticava sequestros e extors�es na regi�o mais rica da cidade do Grande Rio. Patr�cia condenou alguns integrantes desse grupo pelos seus crimes.
As testemunhas disseram ainda que Cl�udio Luiz era temido na regi�o por causa dos seus atos de viol�ncia. Entre os que prestaram depoimento, estavam o delegado Felipe Ettore, que era o titular da Divis�o de Homic�dios (DH) na �poca em que a ju�za foi assassinada, e do promotor de justi�a Paulo Roberto Melo Cunha, que trabalhava com Patr�cia.
Patr�cia Acioli tinha 47 anos, quando foi assassinada na porta de casa, em Piratininga, Regi�o Oce�nica de Niter�i. Seus tr�s filhos estavam em casa no momento do crime. Ela estava sem escolta oficial por decis�o do ent�o presidente do Tribunal de Justi�a do Rio Luiz Zveiter. Outros seis policiais militares foram condenados pelo assassinato da ju�za.