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Estado de Minas

SP deve pensar um futuro de seca e chuva extremas


postado em 25/03/2014 08:37

S�o Paulo, 25 - O relat�rio do IPCC (o painel de cientistas da Organiza��o das Na��es Unidas), que ser� divulgado no fim do m�s, deve refor�ar algumas no��es dos impactos das mudan�as clim�ticas no Brasil que os cientistas conhecem bem: o clima vai ficar mais inst�vel, com altern�ncia cada vez mais frequente de extremos clim�ticos - do muito quente para o muito frio; e do muito seco para o muito chuvoso. Cen�rios mais ou menos parecidos com os que estamos vendo atualmente nas Regi�es Sudeste e Norte.

�O alerta � claro: temos de incorporar essa dimens�o da variabilidade clim�tica se quisermos evitar o colapso dos sistemas�, afirma o climatologista Carlos Nobre, secret�rio de Pol�ticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Minist�rio da Ci�ncia, Tecnologia e Inova��o.

Segundo ele, a "incorpora��o" ou adapta��o est� intimamente ligada com a vida, o uso dos recursos, a infraestrutura local de cada pa�s."A maioria dos pa�ses em desenvolvimento ainda � muito mal equipada para conviver com a variabilidade clim�tica existente hoje. E imagine que, em cima dessa variabilidade, vamos ter as mudan�as clim�ticas com mais extremos", explica. "Temos o exemplo cl�ssico da conviv�ncia com a seca no Nordeste. Adaptar a infraestrutura urbana de uma grande cidade para as mudan�as clim�ticas passa necessariamente por resolver grandes quest�es que v�o muito al�m das mudan�as clim�ticas. Que � a forma como a cidade se desenvolveu, a pol�tica de transporte p�blico versus o autom�vel, por exemplo", completa.

Nobre afirma que falar em adaptar a mobilidade de S�o Paulo, para as chuvas mais intensas, n�o tem nada a ver com aquecimento global. Trata-se conforme ele de um problema da urbaniza��o."Se a cidade j� fosse mais funcional no aspecto de mobilidade urbana, seria muito mais f�cil se adaptar ao aumento da temperatura e da intensidade das chuvas e de inunda��es", pondera.

Crise no abastecimento

Para Nobre, o setor de abastecimento de �gua � o que ainda est� reagindo mais na emerg�ncia.Mas a dimens�o do longo prazo das mudan�as clim�ticas precisa ser rapidamente incorporada nas pol�ticas p�blicas do uso do recurso h�drico.

"S� responder na emerg�ncia n�o elimina todos os preju�zos econ�micos, sociais e ambientais nem evita colapsos no longo prazo. E n�o estou dizendo que essa seca atual � uma decorr�ncia das mudan�as clim�ticas. Mas que, no futuro, a variabilidade clim�tica, que � prevista por todos os cen�rios clim�ticos, tem de ser levada em considera��o. O sistema tem de estar preparado para isso", adverte o cientista. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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