(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Autores de chacina em Goi�s t�m 16 passagens por crime

Dados preocupam o governo do estado, que anuncia campanha para mudan�a na legisla��o penal


postado em 25/03/2014 15:07 / atualizado em 25/03/2014 16:22

A elucida��o de uma chacina de quatro garotas, ocorrida em Goi�nia no Dia Internacional da Mulher, em 8 de mar�o, ligada a outras sete mortes e a v�rias tentativas de homic�dios, mais um estudo sobre criminosos com muitas passagens pela pol�cia, levaram, nesta ter�a-feira, 25, o governo de Goi�s a anunciar uma campanha sobre a reincid�ncia criminosa e por mudan�as na legisla��o penal.

Os tr�s acusados de terem matado as jovens j� se envolveram, somados, em 16 crimes, pelo quais foram fichados e/ou presos, mas depois soltos. Isso sem contar a chacina, o que elevaria para no m�nimo 19 passagens, sendo tr�s por homic�dio.

A secretaria de Seguran�a P�blica acabou elaborando um estudo com 11 casos recentes e de grande repercuss�o como este. A estat�stica mostrou que 34 envolvidos nestes 11 casos somam 120 reincid�ncias, sem contar os crimes que tiveram repercuss�o, o que chegaria ao total de 151 delitos, ou seja, uma m�dia de 4,5 reincid�ncias para cada acusado.

"Dados do Servi�o de Intelig�ncia da Secretaria de Seguran�a P�blica mostram que a reitera��o (reincid�ncia) de crimes chega a 70%", ressaltou o secret�rio da �rea, Joaquim Mesquita. "Faremos uma campanha mostrando esses dados, vamos defender mudan�as na legisla��o e que as For�as Armadas assumam a vigil�ncia em fronteiras brasileiras para barrar armas e drogas, al�m de mobiliza��o pela vincula��o constitucional de recursos para a seguran�a p�blica, como ocorre com a sa�de e a educa��o", defendeu o governador de Goi�s, Marconi Perillo, que acompanhou a divulga��o do estudo, antes da apresenta��o dos acusados da chacina, nesta ter�a-feira, 25, pela manh�, na Secretaria de Seguran�a P�blica. No evento, Mesquita questionou a divulga��o de um ranking, colocando Goi�nia como a 28ª cidade mais violenta do mundo, realizado por uma organiza��o n�o-governamental mexicana, segundo ele, "sem crit�rio cient�fico nenhum".

O crime

A chacina do Morro do Mendanha, como ficou conhecido o caso, na verdade, foi o desdobramento do clima tenso causado por uma guerra entre membros de uma quadrilha de traficantes que rachou e que acabou atingindo as namoradas de dois dos integrantes, mais duas amigas delas. Nenhuma das quatro v�timas tinha ficha criminal embora algumas fossem usu�rias de drogas.

A principal motiva��o teria sido a descoberta de um telefonema que uma das garotas, ex-mulher de um traficante de outro grupo, retornou para um policial. A liga��o levou o novo namorado, tamb�m traficante, a combinar as mortes junto com integrantes do pr�prio grupo, acreditando que a gangue era delatada pela jovem. Como sa�ram juntas, elas foram rendidas e executadas com tiros na cabe�a, e os corpos encontrados enfileirados numa rua do Morro do Mendanha.

Morreram Sinara Monteiro da Costa, de 16 anos, Rayane Kelrry Silva, de 15, Mylleide Morgana Lag�rio de Lima e Ana Kelly Martins, ambas de 19 anos. Os principais acusados s�o dois adolescentes de 17 anos, e Paulo Henrique Carmo Silva, de 21 anos. Eles fugiram, mas foram monitorados durante 13 dias, at� a pris�o, no dia 20 de mar�o, ap�s terem sido encontrados escondidos no Entorno do Distrito Federal. A Pol�cia agora busca confirmar a participa��o de mais um ou dois adolescentes ainda n�o presos. Com o trio foram apreendidas duas pistolas calibre 380 e ponto 40.

'Bonde'

A morte das jovens desencadeou a realiza��o de um "bonde" de criminosos, segundo as investiga��es policiais mostraram. A Pol�cia Civil apurou que havia desconfian�a de que a execu��o das quatro era para atingir outra fac��o criminosa, da� a realiza��o do arrast�o de crimes como invas�o de casas e emboscadas a rivais, como forma de vingan�a.

Os criminosos estavam procurando e atacando os rivais. Portavam armas, colete � prova de balas e at� uma granada de alto poder de destrui��o. A movimenta��o acontecia no pres�dio e na periferia de Trindade, cidade da regi�o Metropolitana de Goi�nia. Duas mulheres foram baleadas na cabe�a, mas sobreviveram. As tentativas de homic�dio faziam parte desta "rea��o".


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)