O Minist�rio P�blico Estadual de S�o Paulo (MPE) obteve na Justi�a a quebra dos sigilos banc�rio e fiscal de um delegado do Departamento Estadual de Investiga��o Criminal (Deic), suspeito de enriquecimento il�cito com a presta��o de servi�os de seguran�a privada dentro da Delegacia de Roubo a Bancos.
Procurado pelo jornal O Estado de S. Paulo por meio de seus advogados, o delegado Lopes n�o se manifestou. A assessoria de imprensa do Deic tamb�m n�o comentou o caso.
Os rendimentos de Lopes como delegado de pol�cia de primeira classe, segundo a Secretaria de Seguran�a P�blica, s�o de R$ 8.064,03. Dados obtidos pela Promotoria d�o conta de que ele � s�cio de uma empresa titular de glebas rurais de 95 alqueires e que teria recebido nos �ltimos 20 meses R$ 485 mil. Sua resid�ncia seria avaliada em R$ 1,233 milh�o e uma consulta nas suas movimenta��es financeiras, segundo o MPE, indicou fluxos banc�rios considerados suspeitos pelos promotores.
Bancos. Um dos esquemas que podem ter levado ao enriquecimento de Lopes, apontam as investiga��es, seria o pagamento feito por bancos privados interessados em “atendimento preferencial no Deic”. Assim, agentes dariam prioridade para resolver os crimes em ag�ncias cobertas pela assessoria particular e at� monitorariam quadrilhas para impedir assaltos.
A decis�o contra Lopes foi dada pela Justi�a no come�o do m�s e cabe recurso. As informa��es v�o para o inqu�rito civil em que Lopes � investigado sob suspeita de improbidade administrativa. Ele j� havia sido investigado pelo MPE em 2009, por suspeitas de corrup��o ligada ao esc�ndalo da venda de cargos na Pol�cia Civil durante a gest�o do ent�o secret�rio adjunto da Seguran�a Lauro Malheiros Neto. Nada foi comprovado na �poca contra o delegado.