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Estado de Minas

Familiares participam de reconstitui��o em Congonha


postado em 03/04/2014 13:01

Rio, 03 - Com uma hora e meia de atraso, policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da 29� Delegacia de Pol�cia (Madureira) chegaram ao Morro da Congonha, em Madureira, zona norte do Rio, para fazer a reconstitui��o da morte da auxiliar de servi�os gerais Claudia da Silva Ferreira, de 38 anos. Uma policial representar� o papel da v�tima na simula��o, que estava marcada para as 9h. Um boneco foi confeccionado para ser usado na reprodu��o do momento em que Claudia foi arrastada. Agentes da Core analisaram a �rea para checar a presen�a de traficantes.

Os oito policiais militares do 9� Batalh�o (Rocha Miranda), que em depoimento afirmaram ter participado da opera��o de 16 de mar�o, quando Claudia foi morta, foram intimados pelo delegado Carlos Henrique Machado, titular da 29� DP. Familiares e testemunhas tamb�m participar�o da reconstitui��o. "Espero que eles cheguem � conclus�o de que foram os policiais que mataram a minha esposa. N�o teve confronto naquele dia", disse o vi�vo Alexandre Fernandes da Silva, de 41 anos. Inicialmente, os policiais disseram que houve um tiroteio na comunidade no dia 16 de mar�o. Depois mudaram a vers�o e afirmaram que Claudia j� estava morta quando eles chegaram.

O local em que Claudia foi baleada sofreu modifica��es. Vizinhos capinaram a mata que havia ali. Em depoimento, os policiais disseram que n�o viram Claudia por causa do mato. A pol�cia tentar reconstituir a cena, com o mato que foi deixado no local da capina. Os policiais disseram ainda que havia traficantes numa escada, depois do local em que a auxiliar foi baleada. Nessa escada, um dos advogados da defesa, N�lio Andrade, disse ter encontrado hoje c�psulas de bala, al�m de rel�gio e uma mochila, que seriam ind�cios da presen�a de seguran�as.

Participa da reconstitui��o Ronald Felipe Soares, de 18 anos, que testemunhou o momento em que Claudia foi baleada. O jovem, que teve a pris�o tempor�ria decretada por associa��o para o tr�fico, est� algemado e veste a roupa que identifica detentos da Secretaria de Estado de Administra��o Penitenci�ria (Seap). Os policiais militares Rodrigo Medeiros Boaventura, que comandava a opera��o, e Zaqueu de Jesus Pereira Bueno, que tamb�m est�o presos temporariamente por 30 dias, n�o est�o algemados e usam o uniforme da corpora��o.

Ronald contou que passou no local no momento em que Claudia foi baleada. Ele disse ter visto tr�s traficantes com pistolas e um policial militar com fuzil. O rapaz disse, em depoimento, que j� teve envolvimento com o tr�fico de drogas, mas que atualmente vinha trabalhando como vendedor de balas.

O advogado Jorge Carneiro Mendes, que defende o policial Rodney Miguel Archanjo, disse que vai usar informa��es do GPS da viatura na defesa dos policiais. Os vizinhos de Claudia alegam que o socorro demorou 40 minutos, mas os policiais afirmam que chegaram ao local em 5 minutos. Ser� usado um boneco para reproduzir o momento em que a filha de Claudia, de 18 anos, encontrou a m�e ca�da na Rua Joana Resende.

Chegada

Uma moradora, que preferiu n�o se identificar, afirmou que, logo que chegaram ao morro, os policiais mandaram todos voltarem para suas casas. "Eu fui buscar minhas cartas (a correspond�ncia nas favelas � entregue na Associa��o de Moradores) e eles estavam com as armas apontadas para mim", disse.

"Eles entraram como se fosse um cen�rio de guerra, com armas em punho. Uma pr�tica comum nas comunidades. Ningu�m me abordou, n�o mostrei nenhum documento porque estou de terno, mas os meninos daqui, pobres, foram todos revistados. Isso � preconceito, n�o tem outro nome", afirmou o advogado da fam�lia, Jo�o Tancredo, sobre a chegada dos policiais � Congonha.


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