
Na porta da 25ª Delegacia de Pol�cia (Engenho Novo, na zona norte do Rio), moradoras da Favela da Telerj reclamaram da trucul�ncia da Pol�cia Militar durante a reintegra��o de posse do terreno, que pertence a empresa de telefonia Oi. Ao contr�rio do que foi dito pelo porta-voz da PM, tenente-coronel Cl�udio Costa, elas disseram que n�o tiveram tempo h�bil para retirar os pertences dos barracos de madeira e papel�o erguidos dentro do pr�dio e no entorno do terreno.
"N�o deu tempo de tirar nada porque eles (agentes que participaram da reintegra��o) chegaram com trator. Perdi tudo", afirmou Maria de Lourdes, de 60 anos. Ela disse que estava na ocupa��o desde o in�cio, em 31 de mar�o. Tratores e retroescavadeiras foram usados para derrubar os barracos montados na parte externa do terreno e demolir os muros na parte de tr�s da �rea para facilitar a entrada dos bombeiros para combater focos de inc�ndio. "Minha filha est� gr�vida, tem uma crian�a pequena e n�o p�de tirar nada".
Na porta da delegacia, ela aguardava que o filho de 15 anos fosse liberado. O adolescente foi preso porque estava dentro de um supermercado que foi saqueado. Nada foi apreendido com o jovem que prestou depoimento e foi liberado. "Um monte de gente fugiu com o carrinho cheio (de produtos roubados) e eles n�o prenderam ningu�m, s� as crian�as". Pelo menos 26 pessoas foram detidas, incluindo cerca de seis menores de idade. Dois homens foram presos em flagrante levando carrinhos com chocolate, bebidas alco�licas e energ�ticos.
Les�o
Autuado por les�o corporal leve por supostamente ter jogado uma pedra em um policial durante a reintegra��o de posse, Esteban Crescente, estudante de F�sica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e militante do Movimento de Lutas dos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), n�o confirmou nem negou a acusa��o. Questionado se havia cometido a infra��o ele afirmou que "a pol�cia disse que eu joguei a pedra (contra o policial)". "A pol�cia, mais uma vez, agiu com trucul�ncia e viol�ncia contra quem s� queria ter onde morar. E, mais uma vez tentou criar provas". Depois de prestar depoimento na 25o DP, ele assinou um termo circunstanciado e foi liberado.