O acordo entre o governo baiano e as associa��es de policiais militares que deu fim � greve da categoria no Estado, iniciada na noite de ter�a-feira, 15 foi apoiado por duas fontes de press�o importantes: a Justi�a Federal, que julgou a greve ilegal e estipulou multa di�ria de R$ 1,4 milh�es por dia �s seis associa��es envolvidas, seus presidentes e dois de seus diretores em caso de n�o retorno imediato da corpora��o ao trabalho e o arcebispo de Salvador, d. Murilo Krieger, que participou das negocia��es.
O acordo entre governo e PM foi costurado na manh� desta quinta-feira, 17, em uma reuni�o que envolveu o comandante-geral da corpora��o, coronel Alfredo Castro, lideran�as grevistas, representantes do governo, da Ordem dos Advogados do Brasil e o arcebispo. O encontro foi convocado para apresentar uma contraproposta do governo, elaborada durante a madrugada, que atendia a alguns dos 37 itens da pauta de reivindica��es dos grevistas.
Os principais foram revis�es nos planos de carreira e de cargos e sal�rios, reajustes nos valores das gratifica��es por Condi��es Especiais de Trabalho (CET), revis�o do C�digo de �tica da categoria e retirada de san��es aos grevistas. Enquanto a reuni�o ocorria, o Tribunal Regional Federal da 1ª Regi�o, em Bras�lia, concedeu liminar pedida pelo Minist�rio P�blico Federal determinando a imediata paralisa��o do movimento grevista e estipulando a multa milion�ria.
Ao fim da reuni�o, Krieger reuniu todos os que participaram do encontro para uma ora��o, pedindo pelo fim da greve, e seguiu para o local onde os PMs estavam acampados desde ter�a-feira, um antigo parque aqu�tico transformado em �rea de shows, na Avenida Paralela, a mais movimentada da cidade. Ali, fez mais uma ora��o, com os PMs, antes do in�cio da assembleia que definiu o fim da paralisa��o. Ficou at� que a decis�o fosse tomada.
L�der do movimento, o ex-PM, hoje vereador de Salvador pelo PSDB, Marco Prisco leu a contraproposta. Ao fim, antes de abrir a vota��o, instruiu os grevistas. "O acordo � bom para a associa��o", disse.
Segundo os grevistas, o retorno dos policiais �s atividades � imediato, mas os participantes da assembleia foram convidados a seguir para a frente da Assembleia Legislativa, para, segundo Prisco, "cobrar dos deputados" a vota��o de temas relevantes para a categoria. Ali, tamb�m de acordo com o vereador, ser� feito um churrasco para celebrar a "vit�ria hist�rica".