Rio de Janeiro, 23 - O comandante geral das Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPPs), coronel Frederico Caldas, afirmou ao canal GloboNews que abriu um inqu�rito pr�prio para investigar as condutas dos policiais da UPP do Pav�o-Pav�ozinho no caso da morte do dan�arino Douglas Rafael da Silva Pereira, de 25 anos, conhecido como DG. Para ele, "a din�mica da morte ainda n�o est� clara" e ser� esclarecida a partir da conclus�o da necropsia, da per�cia de local e dos depoimentos dos agentes.
De acordo com o comandante, policiais receberam den�ncia de que havia marginais na localidade conhecida como Quinta Esta��o, no alto do Morro do Pav�o-Pav�ozinho, zona sul do Rio. H� cerca de 50 metros do local indicado havia uma barricada e, quando os policiais se aproximaram, houve troca de tiros. "N�o houve persegui��o ou abordagem, mas uma troca de tiros muito intensa", afirmou Caldas.
Tr�s policiais j� prestaram depoimento na 13� Delegacia de Pol�cia (Ipanema), no entanto ainda n�o est� claro se eles foram avisados que o corpo de Pereira estava na creche ou se os agentes avistaram o dan�arino ca�do no ch�o. Segundo Caldas, os policiais aguardaram a chegada da diretora da creche para entrar no espa�o. O corpo de DG foi retirado do local por volta das 17h, "quando come�aram as manifesta��es violentas e os policiais foram hostilizados".
"� preciso que haja necropsia e provas t�cnicas que ser�o obtidas pela Pol�cia Civil ap�s a per�cia de local para identificar tudo o que aconteceu. As acusa��es precisam ser apuradas (pela Pol�cia Civil) e n�s (da Pol�cia Militar) vamos apurar tamb�m". Os laudos ficar�o prontos em 30 dias. Os depoimentos dos policiais e de testemunhas tamb�m ajudar�o a esclarecer os fatos.
Para o comandante, a UPP do Pav�o-Pav�ozinho representa "um desafio muito grande e um risco elevado" por causa da venda de drogas e da localiza��o (na zona sul). O policiamento na regi�o foi refor�ado durante a madrugada e ser� mantida por tempo indeterminado.