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Estado de Minas

Acre 'deporta' para SP 400 refugiados do Haiti


postado em 23/04/2014 22:19

S�o Paulo, 23 - Cerca de 400 refugiados do Haiti chegaram a S�o Paulo nos �ltimos 15 dias, sem ter local adequado para ficar. Eles estavam, principalmente, em um abrigo de Brasileia, cidade de 22 mil habitantes no sul do Acre, que teve de ser fechado por falta de condi��es. Agora, est�o na Casa do Migrante, local apoiado pela Pastoral do Migrante da Igreja Cat�lica, no Glic�rio, regi�o central da cidade, onde n�o h� condi��es para receber tanta gente.

A vinda dos refugiados causou indigna��o na Secretaria de Estado da Justi�a e da Defesa da Cidadania de S�o Paulo. A titular da pasta, Eloisa de Souza Arruda, acusa seu colega Nilson Mour�o, secret�rio de Estado de Justi�a e Direitos Humanos do Acre, de ser "desleal" por n�o t�-la procurado antes de financiar a viagem dos refugiados. Mour�o, por sua vez, diz que a secret�ria precisa "se informar melhor" sobre a situa��o.

A maior parte dos haitianos que vieram para a capital paulista foi abrigada na casa de amigos e parentes que j� estavam na capital. Entretanto, cerca de cem deles est�o na pastoral. O padre Antenor Dalla Vecchia, que atua na pastoral, afirma que os refugiados est�o em situa��o prec�ria. "Eles est�o dormindo em nosso galp�o, que obviamente n�o foi projetado como moradia." Afirma, no entanto, que todos t�m recebido alimenta��o e cuidados adequados. "Eles saem durante o dia, tentam arrumar emprego e moradia, mas voltam para dormir", diz o padre.

Desde 2010, o Acre j� recebeu cerca de 20 mil haitianos, que estavam sendo transportados pelo governo do Estado para onde eles pediram para ir. O fluxo, por�m, parou com a cheia do Rio Madeira, que isolou o Estado. Isso superlotou Brasileia e o abrigo foi transferido para Rio Branco. A viagem para outros Estados s� ocorreu por meio de caronas em avi�es cargueiros que abasteceram o Acre durante a crise e voltavam vazios.

Crise.

"Esse secret�rio Nilson Mour�o n�o procurou seu equivalente em S�o Paulo, que, por acaso sou eu, para providenciar os cuidados adequados. Procurou o padre da pastoral e avisou que �alguns� haitianos chegariam aqui. Chegaram 400", afirma Eloisa.

Ela se queixa de o Acre ter financiado a viagem, usando a For�a A�rea Brasileira (FAB) e diz que os haitianos est�o sem carteira de trabalho. "Isso os exp�e ao tr�fico de pessoas e ao tr�fico de drogas", diz a secret�ria paulista. Embora reconhe�a que o colega acreano n�o tenha cometido nenhuma ilegalidade, ela afirma que, "nos padr�es internacionais, isso poderia ser classificado como deporta��o for�ada", ao descrever o transporte, com �nibus urbanos de Rond�nia de l� at� aqui.


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