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Estado de Minas

M�e de dan�arino afirma que moradora viu morte de filho


postado em 24/04/2014 12:01 / atualizado em 24/04/2014 19:18

A m�e do dan�arino Douglas Rafael da Silva Pereira, de 26 anos, Maria de F�tima da Silva, de 56, afirmou que uma moradora do morro Pav�o-Pav�ozinho assistiu o momento da morte de DG. Maria de F�tima tenta convencer a mulher a prestar depoimento na 13ª Delegacia de Pol�cia (Ipanema).

"Ela assistiu a toda a tortura, me falou como foi (a morte). Ele levou o tiro e terminou de ser morto na creche. Meu filho foi assassinado com requintes de crueldade", disse.

Moradores contaram que o dan�arino, que n�o mora no morro, decidiu ir embora de uma festa ap�s ouvir tiros. A favela estava sem luz. Amigos teriam pedido que Douglas seguisse um caminho alternativo e ele teria respondido que seguiria pela via principal porque "era um trabalhador e tinha o direito de ir e vir". No caminho Douglas foi atingido por uma bala nas costas que atravessou o pulm�o e saiu pelo ombro direito.

O corpo foi encontrado na manh� de ter�a-feira, 22, em uma creche no alto do morro. Durante a madrugada ouve tiroteio entre traficantes e policiais, mas ainda n�o � poss�vel estabelecer rela��o entre a troca de tiros e o assassinato de Douglas.

De acordo com relatos de moradores para Maria de F�tima, policiais civis e militares foram at� a creche na manh� de ter�a porque "pretendiam sumir com o corpo do meu filho". Os moradores desconfiaram da movimenta��o na creche durante o feriado prolongado e foram ao local.

Ao perceberem que o corpo era de Douglas, come�aram a protestar para que ele n�o fosse retirado do local. "Se passaram muitas horas desde que ele morreu. O local foi mexido. O corpo do meu filho estava molhado e n�o tinha chovido naquele dia. Eu n�o sou leiga."

Maria de F�tima afirmou que haver� duas manifesta��es pac�ficas contra a morte de Douglas: uma de mulheres vestidas de branco e outra de mototaxistas que trabalharam com DG no Pav�o-Pav�ozinho e no morro Dona Marta.

Beltrame

Poucas horas antes da enterro do dan�arino Douglas Rafael da Silva, morto na favela do Pav�o-Pav�ozinho, na zona sul, o secret�rio de Seguran�a do Rio de Janeiro, Jos� Mariano Beltrame, prometeu elucidar o crime e reagiu � compara��o com o caso do pedreiro Amarildo de Souza, morto por policiais da UPP na Rocinha, em 2013. O corpo de Amarildo nunca foi encontrado. "Quantos Amarildos o crime n�o produziu? N�s nunca podemos esquecer os dias que n�s vivemos nessa cidade. Seguran�a p�blica � um jogo que n�o se vai ganhar. � um jogo que se empata e se procura controlar", disse o secret�rio em entrevista ao programa "Encontro com F�tima Bernardes", da TV Globo. O secret�rio disse que a credibilidade do projeto das Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPPs) depende do esclarecimento de casos como o de Douglas. "A credibilidade desse projeto est� na elucida��o e na demonstra��o clara e evidente dos poss�veis e supostos erros da pol�cia. N�s que somos agentes p�blicos infelizmente n�o temos o direito de errar, mas errar � humano. Vamos garantir a essa fam�lia a lisura, a transpar�ncia e o rigor na apura��o desses fatos. N�o podemos preliminarmente acusar as pessoas, mas tamb�m n�o vou preliminarmente defender a corpora��o", disse Beltrame. O secret�rio manifestou "solidariedade � dor da fam�lia", lembrou que teve uma irm� assassinada pelo ex-marido e prometeu: "podem acreditar na elucida��o desse caso".


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