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Estado de Minas

AfroReggae lan�a programa para inserir ex-detentos no mercado de trabalho


postado em 28/04/2014 15:45

A organiza��o n�o governamental (ONG) AfroReggae lan�ou nesta segunda-feira (28) o Projeto Segunda Chance, que visa a inserir egressos do sistema prisional no mercado de trabalho. O programa � o primeiro em todo o mundo coordenado por pessoas que tamb�m s�o ex-detentas e conseguiram reestruturar suas vidas ap�s cumprirem penas. Mais de 50 empresas participam do projeto.

Al�m da abertura do programa, a ONG lan�ou nesta segunda-feira um calend�rio protagonizado por ex-detentos que integram o programa. O calend�rio � inspirado nas marcas das paredes de penitenci�rias feitas pelos internos, com a finalidade de contar os dias que faltam para deixar o sistema.

Uma das coordenadoras do projeto, Daniela Pereira, disse que, por ser uma egressa do sistema penitenci�rio, foi muito dif�cil encontrar um emprego, mesmo entrando em diversos projetos voltados para ex-detentos.

“Eu sou uma egressa. Hoje posso estar ajudando outras pessoas que est�o na mesma situa��o e tiveram a mesma dificuldade. O preconceito ainda existe. Estamos plantando esta semente para diminuir a criminalidade, incentivar empres�rios a abrirem as portas e formar cidad�os de bem”, disse a coordenadora.

Daniela Pereira foi presa por tr�fico de drogas e condenada a cumprir oito anos de pris�o em regime fechado. Ap�s tr�s anos, obteve a liberdade condicional e, atualmente, conseguiu o perd�o e n�o precisa mais prestar esclarecimentos � Justi�a.

“Tem muitos empres�rios que tem medo de colocar um ex-presidi�rio dentro da sua empresa. Sempre ficam com p�s-atr�s deles [egressos] cometerem um delito ali dentro. Algum furto. Hoje o principal problema � o preconceito”, completou.

O empres�rio do ramo de vigil�ncia Luciano Silva explicou que j� conta com quatro funcion�rios egressos do sistema penitenci�rio. “N�s temos hoje quatro ex-detentos. A gente abre as portas para eles poderem se ressocializar. Para dar uma nova oportunidade de vida. Eu n�o s� os vejo como um sucesso, como sempre coloco para algumas pessoas que o comprometimento deles � maior do que de outros funcion�rios que eu tenho, com rela��o ao hor�rio, � postura”,disse

A auxiliar t�cnica Evanir Feliciana disse que, logo assim que saiu do sistema penitenci�rio, entrou em contato com o Afroreggae para encontrar um trabalho de carteira assinada. Segundo ela, n�o demorou muito at� que conseguisse ser empregada pelo Servi�o Social do Com�rcio (Sesc).

“Eu j� trabalhava, mas ainda era ligada � unidade porque eu sa� primeiro em regime semiaberto. Ent�o, eu n�o tinha v�rios benef�cios, como carteira assinada. Ap�s eu ganhar o monitoramento, entrei em contato com a Afroreggae. Fiz uma entrevista, um processo seletivo. Gra�as a Deus consegui passar. Fa�o um ano em maio com todos os direitos trabalhistas”, explicou.

De acordo com Evanir, ela n�o encontrou nenhum tipo de preconceito na empresa na qual trabalha. “Fui muito bem recebida na empresa, geralmente a gente encontra dificuldades. As empresas geralmente n�o abrem as portas. No meu trabalho alguns funcion�rios t�m conhecimento, outros n�o. Dos que sabem eu nunca percebi nenhum ato de preconceito, nenhuma discrimina��o. Muito pelo contr�rio, sempre t�m aquele cuidado, me abra�am”, observou.


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