Rio, 28 - Um princ�pio de tumulto interrompeu durante alguns minutos o debate sobre Copa do Mundo entre o ministro da Secretaria da Geral da Presid�ncia da Rep�blica, Gilberto Carvalho, e representantes de movimentos sociais. Integrantes do Sindicato dos Estivadores interpelaram um militante da Frente Independente Popular (FIP), que se identificou apenas como Marcelo, desconfiados de que ele levava ovos para atirar nas autoridades presentes. Marcelo se recusou a abrir a bolsa e houve um princ�pio de empurra-empurra com gritos dos dois lados.
"Eles tentaram me arrastar � for�a. Perguntei quem eles eram e n�o quiseram responder. Ent�o, chegaram alguns companheiros e houve trocas de empurr�es", disse Marcelo. O sindicalista Luiz Ant�nio Buka, da ONG S� N�s da Estiva, disse que sua preocupa��o era defender as instala��es do Sindicato dos Banc�rios, onde acontece o debate. "Ele j� estava tumultuando antes. Isso aqui � nosso, � sindicato que funciona com dinheiro dos trabalhadores."
Alguns jovens na plateia gritaram que havia milicianos e os sindicalistas reagiram, dizendo que s�o trabalhadores.Depois de poucos minutos o debate foi retomado e transcorre com tranquilidade.
Mais cedo, participantes de movimentos sociais questionaram o ministro sobre investimentos do governo. Uma moradora do Horto, na zona sul, onde fam�lias est�o amea�adas de remo��o, reclamou das m�s condi��es das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), diante do dado de que a Uni�o investiu R$ 825, 3 bilh�es em Sa�de e Educa��o desde 2010.
Um integrante da Uni�o Nacional dos Estudantes (UNE) questionou gastos com Seguran�a P�blica. "Em que pol�tica de seguran�a o governo investe? A que continua exterminando preto, pobre e favelado?", questionou o estudante.
O diretor do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, Jos� Olinto, reivindicou provid�ncias para evitar as agress�es a profissionais que cobrem manifesta��es, especialmente por parte da pol�cia. Ele entregou um documento ao ministro com casos de agress�es sofridas por jornalistas no Rio. A certa altura, a plateia entoou o coro de "n�o vai ter Copa".
Quando uma faixa foi estendida com os dizeres "n�o vai ter Copa" durante o debate, o ministro tomou a palavra. "Nada vai ser resolvido no grito. Vamos ouvir os companheiros e quem sabe desconfiar que n�o somos os donos da verdade", disse Carvalho.