Advogado diz que morte de Bernardo foi acidental

Porto Alegre, 28 - O menino Bernardo Uglione Boldrini, de Tr�s Passos, no Rio Grande do Sul, pode ter sido v�tima de aplica��o indevida de uma dose excessiva de medicamentos para dormir. Essa � a nova vers�o divulgada nesta segunda-feira, 28, pelo advogado da assistente social Edelv�nia Wirganovicz, uma das tr�s pessoas presas por suspeita de participa��o no crime. "� poss�vel que tenha sido acidental", afirmou Demetryus Eug�nio Grapiglia. "� a vers�o que ouvi da minha cliente, que n�o participou do evento morte." Segundo ele, a assistente ajudou a ocultar o cad�ver porque teria sofrido press�o psicol�gica da madrasta do menino, a enfermeira Graciele Ugulini.

Grapiglia admite que Edelv�nia conduzia o carro, mas n�o viu Graciele dar rem�dios para o menino dormir, levantando a hip�tese de que a madrasta possa ter se enganado na dosagem. A nova vers�o nega a tese de aplica��o de uma inje��o letal, investigada pela pol�cia, e, ao abrir a hip�tese de erro na quantidade de medicamentos para dormir, atenua tamb�m a suspeita que recai sobre a madrasta, de crime premeditado.

Segundo investiga��es, Graciele viajou de Tr�s Passos para Frederico Westphalen com o garoto no dia 4 de abril. Na cidade vizinha, procurou Edelv�nia. C�meras captaram imagens das duas saindo com o garoto e voltando sem ele. Em depoimento, a assistente social teria confessado participa��o e indicou o local onde o corpo foi escondido. No dia 14, a pol�cia encontrou os restos mortais enterrados em um matagal e prendeu Graciele, Edelv�nia e o pai de Bernardo, o m�dico Leandro Boldrini. A delegada Caroline Bamberg Machado assegura que os tr�s est�o envolvidos na morte, faltando esclarecer a participa��o de cada um.