Rio de Janeiro, 29 - A revolta que desde segunda-feira passada, 28, provoca tumultos e confrontos na �rea do complexo de favelas do Alem�o (zona norte do Rio)amea�a prosseguir nesta ter�a-feira, 29, quando ser� enterrado, no vizinho cemit�rio de Inha�ma, o corpo da aposentada Arlinda Bezerra, a dona Dalva, morta a tiros h� dois dias na favela.
O sepultamento est� marcado para as 13h. A Pol�cia Militar (PM) tem informa��es de que mais manifesta��es violentas est�o sendo organizadas _ segundo a corpora��o, por traficantes de drogas vinculados � fac��o criminosa Comando Vermelho (CV).
Ao longo desta segunda-feira, tr�s carros e quatro �nibus foram incendiados. Os carros, em frente � sede da Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP), por volta das 12h. � noite, dezenas de pessoas atacaram os �nibus e invasores destru�ram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em um dos acessos ao Alem�o. M�dicos e funcion�rios, desesperados, fugiram pelas janelas, a fim de escapar dos agressores.
A PM reagiu com tiros e bombas. Adilson da Luz, de 21 anos, foi preso, sob a acusa��o de integrar o bando de cerca de 20 pessoas que depredou o posto de sa�de. Carlos Alberto Souza, de 21 anos, levou um tiro no peito e est� hospitalizado em situa��o m�dica muito grave. N�o se sabe ainda se a v�tima participava dos ataques.
Os tumultos estenderam-se at� as 4h, quando a Estrada do Itarar�, um dos principais acessos ao complexo do Alem�o, foi reaberta, mesmo com as carca�as dos �nibus incendiados ainda � espera de reboque.
Simultaneamente ao quebra-quebra no Alem�o, cinco �nibus eram incendiados no entorno do morro do Chapad�o (Costa Barros, zona norte), tamb�m controlado pela CV. O ataque ocorreu em repres�lia � morte de um adolescente de 17 anos por policiais militares. O jovem, segundo a PM, estava armado e era criminoso. Dois homens foram presos com lat�es de combust�veis e pistolas, informou a corpora��o.