Rio de Janeiro, 29 - Destru�da na noite desta segunda-feira, 28, no complexo de favelas do Alem�o (zona norte do Rio), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ficar� fechada por tempo indeterminado. O posto de sa�de da comunidade, que funcionava em um cont�iner de dois andares, foi totalmente depredado e saqueado por cerca de 70 pessoas.
A invas�o ocorreu por volta das 20h30. H� vers�es diferentes para as raz�es do ataque � UPA. Uma delas, a de que moradores chegaram ao posto com uma pessoa ferida no tiroteio que, naquele momento, confrontava policiais militares e criminosos. Sem m�dicos para o atendimento, as pessoas, revoltadas, teriam decidido depredar o posto.
A vers�o policial � outra: o ataque � UPA (de atendimento emergencial) teria sido ordenado por traficantes vinculados � fac��o criminosa Comando Vermelho (CV), em repres�lia � repress�o ao tr�fico de drogas desencadeada h� tr�s anos pela Secretaria de Seguran�a P�blica do Estado do Rio, com a cria��o da UPP (Unidade de Pol�cia Pacificadora).
No cont�iner da UPA funciona tamb�m o Centro de Atendimento Psico Social (Caps) e a Cl�nica de Fam�lia, de consultas ambulatoriais. No momento do ataque, havia quatro pacientes com problemas mentais internados no Pacs. Sem ter para onde lev�-las, os seguran�as da unidade os levaram para as pr�prias casas, na comunidade, onde passaram a noite.
Nesta ter�a-feira, 29, Maria Elizabeth Gomes Pires, de 53 anos, esteve na UPA com a filha esquizofr�nica �rica Pires, de 35. N�o conseguiu atendimento.
"Minha filha fica o dia inteiro aqui. Hoje me disseram que n�o h� previs�o de retorno. � uma pena o que aconteceu. Isso aqui (apontando para o cont�iner) � da gente", lamentou.
A UPA teve todo os vidros externos quebrados. Os computadores, aparelhos de TV e pe�as de mob�lia foram ou destru�dos ou furtados. Documentos e muito papel permaneciam espalhados pelas depend�ncias nesta manh�.