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Estado de Minas

Viol�ncia no Rio de Janeiro retoma n�veis pr�-UPPs


postado em 03/05/2014 13:31

Rio de Janeiro, 03 - Os dados de criminalidade no primeiro trimestre de 2014, divulgados pelo Instituto de Seguran�a P�blica, mostram que a viol�ncia no Rio voltou aos n�veis do mesmo per�odo de 2008, quando o Estado ainda n�o havia iniciado o programa de Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPPs) - a primeira unidade come�ou a funcionar em dezembro daquele ano no Morro Santa Marta, em Botafogo, na zona sul. Por conta do recrudescimento da viol�ncia, com aumento de homic�dios dolosos, autos de resist�ncia e crimes contra o patrim�nio, o governo antecipou o plano especial de seguran�a da Copa e suspendeu a segunda folga semanal de 2 mil policiais militares.

O �ndice de criminalidade divulgado na sexta-feira mostrou que 1.459 pessoas foram assassinadas no primeiro trimestre de 2014 - pr�ximo do n�mero de 1.562 registrados em 2008. Em 2012, ano em que houve o menor �ndice de homic�dios (4.030, no total), o primeiro trimestre teve 1.100 casos.

Depois das UPPs, �ndices de ocorr�ncias vinham mostrando decl�nio. Houve 358 autos de resist�ncia (morte em confronto com a pol�cia) registrados no primeiro trimestre de 2008. Esse n�mero caiu para 111 em 2012 e 96 em 2013. Em 2014, voltou a subir - est� em 153. Os roubos de ve�culos haviam ca�do de 7.359 nos tr�s primeiros meses de 2008, para 5.598 em 2012. No primeiro trimestre deste ano, ultrapassou a marca pr�-UPP - foram registrados 9.209.

Os roubos de rua (�ndice que re�ne n�mero de assaltos a transeuntes, roubos de celular e em transporte p�blico) tamb�m voltaram a subir. Houve 20.648 casos de janeiro a mar�o de 2008. Em 2012, houve 15.422 casos no per�odo. Este ano, foram registrados 23.675.

"Essa ideia que se espalhou de que h� migra��o do crime est� fazendo sentido. H� mudan�a de padr�o da criminalidade na Baixada Fluminense e outras �reas da regi�o metropolitana do Rio, como Niter�i e S�o Gon�alo, n�o s� com aumento da criminalidade, mas com pessoas que passaram a circular armadas. H� uma rearruma��o do mundo do crime. E as pol�ticas de seguran�a foram lentas para responder a isso", afirmou a cientista pol�tica S�lvia Ramos, coordenadora do Centro de Estudos de Seguran�a e Cidadania (Cesec) da Universidade C�ndido Mendes.

"O que estamos vendo � um momento de crise da pol�tica de seguran�a, e essa crise vem vindo desde 2013", afirmou. "Chegamos a um momento �timo em 2012, com redu��o dos homic�dios. Mas isso n�o se sustentou. A pol�tica das Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPPs) n�o tem sido mais suficiente para segurar os �ndices de redu��o de crimes contra a vida."

Os dados referentes � atividade policial, comparando-se os primeiros trimestres de 2008 e 2014, mostram que a produtividade vem crescendo. Os registros de apreens�o de drogas cresceram 211% (a quantidade n�o � divulgada), recupera��o de ve�culos teve aumento de 25% e cumprimentos de mandados de pris�o subiram 60%. J� o n�mero de registros de armas apreendidas caiu 11%.

O Estado tem 38 unidades de pol�cia pacificadora, que abrangem mais de 250 favelas e 1,5 milh�o de pessoas. O governador Luiz Fernando Pez�o disse, na sexta-feira, que n�o haver� mudan�a no programa de pacifica��o. J� o secret�rio Jos� Mariano Beltrame ressaltou que os dados s�o referentes aos primeiros meses do ano. "N�o d� para avaliar em cima de dois meses. Olhem o hist�rico que eu acho que o saldo � muito positivo", afirmou.


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