Movimentos sociais iniciam hoje s�rie de protestos at� a Copa do Mundo

Movimento sociais, que formam o coletivo Resist�ncia Urbana, iniciam nesta quinta-feira uma s�rie de manifesta��es at� a Copa do Mundo para reivindicar direitos sociais e questionar os gastos p�blicos com o evento. �s 9h, come�ou a concentra��o para os protestos em tr�s pontos da capital paulista: Metr� Butant�, na zona oeste; Esta��o Berrini, na zona sul; e Pra�a do Ciclista, na regi�o da Avenida Paulista. A organiza��o n�o divulgou os locais de destino dos manifestantes, mas o alvo s�o grandes construtoras, em especial, “aquelas que abocanharam os recursos da constru��o e reforma de est�dios”, segundo os movimentos.

“� o lan�amento da campanha 'Copa sem Povo, T� na Rua de Novo'”, cujo objetivo � denunciar as pol�ticas abusivas e antipopulares em rela��o � Copa do Mundo”, explicou Guilherme Boulos, integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Al�m do MTST, participam do protesto o Resist�ncia Urbana, Movimento Popular por Moradia (MPM) e Movimento de Luta Popular (MLP). Tamb�m comp�em a a��o mais de mil militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que chegaram � capital nesta quarta-feira, como parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agr�ria.

O protesto por moradia que j� ocorre na manh� de hoje na Avenida Dona Belmira Marin, na zona sul paulistana tamb�m faz parte da a��o do movimento. Os manifestantes, que fazem parte do Movimento Anchieta de Luta, bloquearam o tr�nsito para reivindicar a constru��o de moradias pelo Programa Minha Casa, Minha Vida em um terreno de 68 mil metros quadrados, ocupado no bairro do Graja�, na zona sul.

As reivindica��es do movimento s�o divididas em seis eixos, em refer�ncia � busca pelo hexacampeonato da sele��o brasileira de futebol. No eixo moradia, eles pedem leis para o controle do valor dos alugu�is, a forma��o de uma Comiss�o Nacional de Preven��o de Despejos For�ados e mudan�as no Programa Minha Casa, Minha Vida. Na �rea da sa�de, os movimentos querem o fim dos subs�dios aos planos de sa�de, o fim das privatiza��es e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o sistema p�blico.

No transporte, pedem-se a redu��o imediata das tarifas, a cria��o de um fundo federal para redu��o anual do valor das passagens e tarifa zero com controle p�blico. Para a educa��o, as reivindica��o s�o a amplia��o e constru��o imediata de creches, 10% do PIB para o sistema p�blico e que a pol�tica de cotas e assist�ncia estudantil seja permanente.

No �mbito da Justi�a, eles querem a forma��o de uma Comiss�o Nacional da Viol�ncia do Estado contra a Periferia, a desmilitariza��o da Pol�cia Militar e o fim dos tribunais especiais e leis antimanifesta��o. Por fim, no eixo relacionado � soberania, eles pedem a garantia do trabalho informal durante a copa, a preven��o efetiva da explora��o sexual e pens�o vital�cia para as fam�lias dos oper�rios mortos e feridos durante as obras da copa.