S�o Paulo, 09 - O n�vel de armazenamento do Sistema Cantareira caiu 0,8% desde segunda-feira, 05, e atingiu um novo recorde negativo de 9,2% de sua capacidade nesta sexta-feira, 09. De acordo com informa��es da Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp), o n�vel de �gua recuou pelo 19� dia consecutivo. Na mesma data do ano passado, o �ndice era de 61,8%.
Na segunda-feira, o volume armazenado estava em 10% de sua capacidade e desde ent�o caiu 0,2% por dia. Diante desse cen�rio, a Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp) deve come�ar nos pr�ximos dias a captar a �gua do chamado "volume morto" do Sistema Cantareira, que est� abaixo dos t�neis de capta��o da Sabesp. Como informou o jornal O Estado de S.Paulo nesta sexta-feira, contudo, esta �gua j� � fornecida � popula��o das regi�es de Campinas e Piracicaba, no interior paulista, segundo o Departamento de �gua e Energia El�trica (DAEE).
Em of�cio enviado no m�s passado ao Minist�rio P�blico Estadual (MPE), o �rg�o gestor dos recursos h�dricos paulista explicou que 76,5% dos 481 bilh�es de litros que s�o considerados "volume morto", porque est�o abaixo dos t�neis de capta��o da Sabesp, fazem parte do "volume �til" que pode ser liberado para a regi�o de Campinas por meio das "descargas de fundo", que s�o v�lvulas ou comportas no fundo das represas que controlam as vaz�es da barragem para os rios do interior. Os promotores questionam a qualidade da �gua da reserva profunda.
"Entre os m�nimos operacionais da Sabesp e essas descargas de fundo h� um volume (que � parte do 'morto') de, aproximadamente, 368 milh�es de m� (bilh�es de litros), que, para os rios do PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundia�) � 'volume �til'. Abaixo dessas estruturas de descarga de fundo h�, ainda, 113 milh�es de m�. Esses 113 milh�es s�o o 'volume morto' para o PCJ", afirma o superintendente do DAEE, Alceu Segamarchi J�nior, no documento obtido pela reportagem.
"Cada uma das quatro barragens, dos Rios Jaguari, Jacare�, Cachoeira e Atibainha, entretanto, tem estruturas de descarga de fundo, que permitem o fluxo cont�nuo de �gua de partes mais profundas das represas para jusante, mantendo vaz�es nos rios", afirma Segamarchi.
� justamente esse "fluxo cont�nuo" da �gua na reserva profunda uma das principais garantias de que a �gua do "volume morto" tamb�m tem boa qualidade para o abastecimento p�blico. A capta��o foi autorizada pela Companhia Ambiental do Estado de S�o Paulo (Cetesb), respons�vel por avaliar as condi��es da �gua bruta.
Para o DAEE, sobre o poss�vel risco de contamina��o da �gua por sedimentos concentrados no fundo das represas, cabe � Sabesp e � Vigil�ncia Sanit�ria avaliar e fiscalizar a potabilidade da �gua ap�s o tratamento.