Rodovi�rios que participaram da paralisa��o de �nibus na capital fluminense na quinta-feira (8) far�o manifesta��o e assembleia a partir das 16h desta sexta-feira (9), na Candel�ria, centro, onde decidir�o pela continua��o ou n�o da greve na semana que vem.
O acordo feito no m�s passado entre o Sintraturb e o Rio �nibus determinou aumento 10% de reajuste salarial e 40% de aumento na cesta b�sica. Com os reajustes, o sal�rio b�sico de um motorista ficou em R$1.957,86 e o de cobrador, R$1.080,39. O t�quete-alimenta��o � R$130 por m�s.
O grupo dissidente pede 40% de aumento no sal�rio e cesta b�sica de R$ 400, al�m de condi��es dignas de trabalho. “Plano de sa�de, alimenta��o, banheiro. N�o temos benef�cios nenhum”, disse Maura, ao negar que os grevistas tenham utilizado da viol�ncia para evitar que os �nibus circulassem na cidade. “O �nibus � o nosso ganha p�o, ent�o n�o vamos destruir nosso sustento. O trabalhador n�o fez isso” alegou ela.
O vice-presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de �nibus (Sintraturb) do Rio de Janeiro, Sebasti�o Jos� da Silva, informou que entregou hoje ao Minist�rio P�blico do Trabalho (MPT) documenta��o que comprova que o acordo com as empresas de �nibus de aumento salarial foi fechado dentro da legalidade, visto que o grupo que liderou a paralisa��o havia feito den�ncia no MPT contra o sindicato.
Ele informou que 90% dos rodovi�rios da cidade compareceram ao trabalho, mas n�o sa�ram das garagens por medo da viol�ncia. "Algumas empresas n�o deixaram os �nibus sa�rem da garagem. Ent�o n�o podemos concordar que estes funcion�rios tenham seu dia descontado, uma vez que foram ontem, cumprir com suas obriga��es", declarou o sindicalista. "Se as empresas t�m medo da seguran�a, devem pedir seguran�a ao governo. Os funcion�rios n�o podem pagar por isto", disse ele ao apontar envolvimento de milicianos nos atos de viol�ncia.
As empresas de �nibus do Rio de Janeiro entraram hoje com a��es para responsabilizar criminalmente os l�deres dissidentes respons�veis pela paralisa��o dos �nibus na capital fluminense que teve um saldo de 460 �nibus depredados e pelo menos seis rodovi�rios que trabalhavam ficaram feridos, segundo o sindicato das empresas de �nibus, Rio �nibus. O presidente do Rio �nibus, L�lis Teixeira, informou que os preju�zos materiais foram de pelo menos R$ 2 milh�es, al�m de R$ 18 milh�es pelas passagens que deixaram de ser faturadas pela falta de passageiros.
“As empresas que tiveram enormes preju�zos, resolveram processar as lideran�as e est�o dando entrada nas delegacias das �reas com pedido de apura��o de crimes contra o patrim�nio, e os rodovi�rios que sofreram viol�ncia”, contou ele ao informar que o sindicato entrou com a��o no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ontem, para que a paralisa��o fosse considerada abusiva. Entretanto, o pedido foi indeferido pelo TRT nesta sexta-feira.
No Minist�rio P�blico, o sindicato entrou nesta manh� com pedido de repara��o pelos preju�zos gerados com as depreda��es. A Associa��o Comercial da cidade comunicou ter tido preju�zo de mais de R$250 milh�es pelo fechamento dos estabelecimentos.
O empres�rio ressaltou que n�o haver� renegocia��o de sal�rios e que as empresas tomar�o todas as medidas preventivas para que n�o ocorra nova paralisa��o. Al�m das a��es, o sindicato informou que atuar� em parceria com a Pol�cia Militar para rastrear ve�culos que perseguirem �nibus que estejam funcionando em uma futura paralisa��o. “At� segunda-feira (12), devemos um ter plano de conting�ncia com a prefeitura para evitar que a popula��o seja prejudicada”.