Rio, 12 - A greve conjunta das redes estadual e municipal de ensino teve maior impacto nas escolas da prefeitura do Rio. Unidades da zona oeste, zona sul e do Centro n�o tiveram aulas nesta segunda-feira, 12. Em algumas escolas, diretores colaram cartazes na porta, anunciando os nomes dos professores faltosos. Nenhum escola da rede estadual fechou. Os professores voltaram a fazer greve - seis meses depois da paralisa��o de 70 dias - por entenderem que o acordo firmado no ano passado n�o ter sido cumprido. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe) estima que 30% dos professores da rede estadual e 60% dos docentes da rede municipal tenham aderido � greve.
Governo e prefeitura d�o n�meros diferentes. De acordo com a Secretaria de Estado de Educa��o, apenas 218 professores, de um total de 75 mil (0,2%) n�o compareceram � escola. A secretaria municipal informou que 157 faltaram, 42.570 professores (0,36%). "� sempre esse problema, no ano passado tamb�m foi assim. Eles minimizavam a ades�o � greve, mas no fim viram o tamanho da mobiliza��o", afirmou um dos coordenadores do Sepe, Alex Trentino. Os professores pedem 20% de aumento, que um ter�o da carga hor�ria seja destinada a atividades extraclasse, como prepara��o de aulas e corre��o de provas, e ainda que a carga hor�ria dos funcion�rios administrativos seja reduzida de 40 para 30 horas semanais, entre outros pontos.
Prefeitura e Estado argumentam que os professores tiveram reajustes reais, acima da infla��o, em outubro. O secret�rio estadual de Educa��o, Wilson Risolia, lembrou, na semana passada, que o maio � o m�s do diss�dio e criticou o fato de a greve ter sido convocada antes do fim do per�odo de negocia��o. A proposta de aumento desse ano foi enviada para a Casa Civil e Secretaria do Planejamento e o �ndice do reajuste n�o foi divulgado. "Esta greve � totalmente irreal, imposs�vel de ser atendida", afirmou o secret�rio de Planejamento e Gest�o, S�rgio Ruy Barbosa.
Nesta ter�a-feira, os secret�rios t�m reuni�o marcada em Bras�lia com o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que intermediou o fim da greve no ano passado. O Sepe informou que n�o ir� ao encontro. O tema ser� discutido na quinta-feira, na pr�xima assembleia da categoria.