S�o Paulo, 14 - �s v�speras do in�cio da capta��o do chamado �volume morto� do Sistema Cantareira, previsto para quinta-feira, dia 15, os �rg�os gestores do principal manancial paulista estudam limitar a quantidade de �gua retirada das represas para abastecer cerca de 14 milh�es de pessoas na Grande S�o Paulo e na regi�o de Campinas ao volume de chuva que cai nos reservat�rios. A ideia � tentar evitar o colapso do Cantareira, mas pode comprometer o abastecimento nos pr�ximos meses, que s�o tradicionalmente secos.
Na pr�tica, se chover menos do que a m�dia hist�rica do per�odo em 15 dias, por exemplo, a proposta � diminuir proporcionalmente a vaz�o m�xima de �gua que poder� ser retirada do sistema nos 15 dias seguintes. A proposta est� sendo discutida entre a Ag�ncia Nacional de �guas (ANA), do governo federal, e o Departamento de �gua e Energia El�trica (DAEE), do governo paulista.
Os dois �rg�os devem definir as novas regras de retirada de �gua do Cantareira a partir de amanh�, quando a Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp) deve iniciar a capta��o da reserva profunda.
Hoje, por exemplo, a Sabesp pode retirar at� 22,4 mil litros dos principais reservat�rios do sistema para abastecer a Grande S�o Paulo. A regi�o de Campinas fica com at� 3 mil litros, independentemente da quantidade de chuva que cai nas represas. S� em abril, por exemplo, o d�ficit entre o volume de �gua que entrou e o volume que saiu foi de 9,1 mil litros por segundo, ou 23,6 bilh�es de litros no m�s. S� ontem, o preju�zo foi de 19,5 mil litros por segundo.
�Nossa posi��o �: choveu menos, tira menos; choveu mais, tira mais. Com crit�rio de retirada semanal, no m�ximo quinzenal, a partir das vaz�es afluentes, porque estamos diante de um quadro de anomalia absoluta, no qual n�o podemos fazer previs�es a longo prazo. Precisamos trabalhar com intervalos curtos�, afirmou o presidente da ANA, Vicente Andreu.
Ele e t�cnicos do DAEE estiveram ontem em Campinas para debater medidas de conting�ncia que podem ser adotadas na regi�o para enfrentar a crise de abastecimento. Ap�s uma das reuni�es, o Cons�rcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundia� (PCJ), que abastece a regi�o, emitiu uma nota afirmando que c�lculos apresentados pela ANA confirmavam o progn�stico feito pela entidade de que �vai faltar �gua no pico da estiagem em agosto e setembro� para Campinas e para a Grande S�o Paulo.
Em nota, a ag�ncia federal negou que tenha feito as proje��es. Segundo a ANA, se forem mantidas as condi��es atuais de retirada de �gua do Cantareira pela Sabesp (cerca de 21 mil litros por segundo) e a m�dia hist�rica retirada pelas Bacias do PCJ no inverno (cerca de 7 mil litros), em um cen�rio no qual a vaz�o afluente ao sistema tem sido 60% da m�nima hist�rica, faltariam 10 mil litros por segundo para suprir a demanda por �gua. �Esse foi um exerc�cio que fizemos, n�o � uma proje��o�, disse Andreu.
Sem racionar.
Ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que o �volume morto� ser� suficiente para garantir o abastecimento sem racionamento. �Se n�o tiver nenhum fato superveniente, analisando a m�nima hist�rica de vaz�o, n�s chegamos � pr�xima esta��o das chuvas (o sistema) cobre o final do outono e o inverno.� As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.