Bras�lia, 15 - Apesar dos an�ncios de que esta seria uma "super quinta", com protestos significativos nas principais cidades do Pa�s, a avalia��o da presidente Dilma Rousseff � que a mobiliza��o "fracassou". De acordo com informa��es do Planalto, o que se viu, principalmente, foi uma "a��o midi�tica", com an�ncios de que problemas graves com manifesta��es monumentais contra a realiza��o da Copa do Mundo poderiam acontecer e que, "felizmente n�o aconteceram". Apesar deste considerado fracasso, o governo vai dar prosseguimento ao monitoramento criado nas 12 cidades-sede, que incluir� a manuten��o de um di�logo permanente com diversos tipos de movimentos sociais para tentar barrar os eventuais violentos protestos que possam amea�ar a realiza��o da Copa.
O entendimento do governo � que � preciso ganhar a batalha na m�dia e, por isso, h� mobiliza��o das autoridades para que promovam um contra-ataque completo, no sentido de defender a realiza��o da Copa e todo o legado a ser deixado por ela. Nesta linha, a pr�pria presidente Dilma comandou, no Planalto, a cerim�nia de compromisso pelo emprego e trabalho decente na Copa do Mundo onde afirmou: "N�s n�o negamos os conflitos, n�s temos de conviver com eles". Al�m disso, salientou que "n�o h� nenhuma vergonha em divergir" j� que "cada um tem uma posi��o". "A vergonha est� em n�o reconhecer isso, a vergonha est� em n�o buscar o consenso poss�vel", continuou a presidente, passando a cumprimentar os que estavam ali assinando o acordo que considerou "um exemplo de como se relacionar dentro de uma sociedade democr�tica em que todos os direitos s�o respeitados".
A presidente aproveitou o discurso para apelar a todos os brasileiros para que recebessem bem os turistas brasileiros e estrangeiros que assistir�o a "Copa das Copas" e avisou que "o legado da Copa � nosso". E emendou: "porque ningu�m que vem aqui assistir a Copa leva consigo, na sua mala, aeroporto, porto, n�o leva obras de mobilidade urbana, nem tampouco est�dios. O que eles podem levar na mala? � a garantia e a certeza de que este � um pa�s alegre e hospitaleiro. Pode levar isso na mala. Agora, os aeroportos ficam para n�s, as obras de mobilidade ficam para n�s, os est�dios ficam para n�s".
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presid�ncia, Gilberto Carvalho, ao ser questionado se o fracasso das manifesta��es ao longo do dia era um sinal de que as manifesta��es da Copa n�o levar�o tanto problema para o Pa�s, foi cauteloso e disse que n�o poderia fazer proje��es para o futuro. "N�s apostamos que as manifesta��es ocorram, mas ocorram pacificamente e fazer uma proje��o � muito perigoso", disse ele, reconhecendo que "a conjuntura pode mudar". E emendou: "n�s preferimos n�o arriscar nem subestimar nenhuma capacidade de mobiliza��o. Mas, n�s apostamos, muitas das manifesta��es ocorreram porque as pessoas n�o tinham um conjunto de informa��es sobre a Copa do Mundo, o seu real significado, a sua janela de oportunidade".
Segundo Carvalho, as manifesta��es recrudesceram porque foi muito difundida, de "maneira equivocada", a ideia de que a Copa estava roubando o dinheiro da educa��o e da sa�de. "N�s estamos provando nos di�logos que n�o � verdade. O Brasil, nos 4 anos de prepara��o da Copa, investiu em Sa�de e educa��o R$ 800 bilh�es. Nos est�dios, foram gastos R$ 8 bilh�es, boa parte deles n�o � dinheiro p�blico, portanto n�o tem l�gica isso".