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Estado de Minas

Protestos contra a Copa mobilizam milhares em todo o pa�s

Marchas de sem-teto e de outras categorias param v�rias cidades durante manifesta��es contra o Mundial no pa�s


postado em 16/05/2014 09:54

Protesto no Rio de Janeiro reuniu vários grupos políticos e movimentos sociais(foto: AFP PHOTO/CHRISTOPHE SIMON )
Protesto no Rio de Janeiro reuniu v�rios grupos pol�ticos e movimentos sociais (foto: AFP PHOTO/CHRISTOPHE SIMON )

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realizou ontem protestos em nove pontos de S�o Paulo. Um deles foi pr�ximo ao Est�dio Itaquer�o, palco onde ser� realizada a partida de abertura da Copa do Mundo, em 12 de junho. Os manifestantes colocaram fogo em barricadas e o clima chegou a ficar tenso entre sem-teto e integrantes da torcida organizada Gavi�es da Fiel. N�o houve confronto. Os sem-teto tamb�m realizaram atos nas zonas Sul e Central. O MTST – que afirma ser apartid�rio – disse temer uso eleitoral das manifesta��es das �ltimas semanas. “O risco de uso eleitoral que estamos vendo nesses protestos � pelos setores conservadores do pa�s, que t�m tentado surfar na onda das mobiliza��es com um discurso que ’n�o cola’", disse Guilherme Boulous, um dos l�deres do movimento. Ele assegurou que o MTST tem a sua posi��o pr�pria, garantindo que “hoje n�s entendemos que nenhum governante est� efetivamente comprometido com o atendimento das reivindica��es dos trabalhadores”.

Ainda em S�o Paulo, cerca de 5 mil professores, segundo estimativa da Pol�cia Militar, protestaram ontem � tarde em frente � Secretaria Municipal de Educa��o, na Vila Mariana, na Zona Sul de S�o Paulo. O ato ocorreu ap�s uma s�rie de manifesta��es terem fechado ruas e avenidas da cidade durante a manh�. Outros atos eram previstos para o per�odo da tarde. Os docentes da rede municipal est�o em greve desde 23 de abril e pedem a incorpora��o imediata do abono de 15,38% anunciado pelo governo, al�m de outras reivindica��es como melhores condi��es de trabalho, fim das terceiriza��es e n�o implementa��o do Sistema de Gest�o Pedag�gica. A rede tem em torno de 60 mil professores.

Para o sindicato que representa a categoria, em greve por melhores sal�rios e condi��es de trabalho, a proposta do prefeito Fernando Haddad (PT), feita na semana passada, altera apenas o valor do piso dos professores, n�o incorpora abonos e distorce a tabela de vencimentos. Dia 9, Haddad anunciou um b�nus de R$ 400 que come�aria a ser pago no pr�ximo m�s, elevando o piso da categoria dos atuais R$ 2,6 mil para R$ 3 mil. O ato dos professores fechou totalmente a Rua Diogo de Faria, desde o in�cio da tarde, enquanto um grupo de representantes da categoria participaram de uma reuni�o na secretaria.

Tamb�m na capital paulista, houve um protesto na Avenida Paulista, em frente � Federa��o das Ind�strias de S�o Paulo (Fiesp) que reuniu 100 funcion�rios do Instituto de Organiza��o Racional do Trabalho (Idort), que presta servi�os para a Prefeitura de S�o Paulo. O grupo, segundo a PM, chegou a fechar a pista sentido Consola��o da Paulista, entre as 11h e as 14h. Os manifestantes ocuparam duas faixas de rolamento da via. Outros 300 manifestantes fizeram um protesto pelo fim da viol�ncia contra menores de idade na Avenida Engenheiro Heitor Ant�nio Eiras Garcia, na regi�o do Rio Pequeno, Zona Oeste. De acordo com a PM, eles s�o do grupo Liga Solid�ria.

Em Bras�lia, militantes do MTST ocuparam na manh� de ontem a sede da Terracap, companhia imobili�ria do governo do Distrito Federal e propriet�ria do Est�dio Nacional Man� Garrincha. O pr�dio fica pr�ximo ao Pal�cio do Buriti, sede do governo do DF. Segundo a PM, cerca de 200 pessoas participaram do ato em frente ao pr�dio, mas a ocupa��o da entrada do edif�cio durou 20 minutos. A Pol�cia Militar chegou a entrar em confronto com 30 manifestantes com o uso de spray de pimenta e cassetetes, para que a entrada do pr�dio fosse liberada. O protesto em frente ao edif�cio continuou at� que uma comiss�o de manifestantes foi recebida em reuni�o com representantes da Terracap.

CEAR� Em Fortaleza, policiais militares e manifestantes entraram em confronto na passeata contra a Copa na capital cearense, na tarde de ontem. O protesto seguia pela Avenida dos Expedicion�rios, no Bairro Vila Uni�o, rumo � sede da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), quando um grupo de encapuzados infiltrados come�ou o quebra-quebra. O clima ficou tenso. O com�rcio fechou as portas em v�rios pontos da cidade e a vitrine de uma loja de confec��o foi destru�da. Policiais usaram balas de borracha para dispersar o grupo. Muitos manifestantes seguiram por ruas laterais. Inicialmente, o grupo seguia para a Etufor reivindicar passagens de gra�a para os estudantes.
Os protestos contra a realiza��o da Copa do Mundo, ontem, em cidades-sede dos jogos no Brasil, ganharam repercuss�o internacional. Mat�rias desabonadoras ao Brasil pipocaram durante todo o dia nos sites de jornais como o norte-americano The New York Times, o argentino El Clar�n e espanhol El Pa�s, entre outros.

PROTESTOS N�O ASSUSTAM GOVERNO
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presid�ncia da Rep�blica, Gilberto Carvalho, rebateu as cr�ticas de que a Copa do Mundo � ruim para o pa�s e disse que as manifesta��es que ocorreram ontem Brasil afora n�o assustam o governo federal. O que nos preocupa � quando s�o usados m�todos antidemocr�ticos de viol�ncia, seja da pol�cia, seja de manifestantes. Essa � �nica preocupa��o”, disse. “Vamos trabalhar at� o ultimo dia da Copa para que a maioria do povo brasileiro isole esse tipo de atitude. O povo � livre para ir �s ruas, mas dialogaremos at� o fim para que haja manifesta��es democr�ticas”, garantiu Carvalho. “A Copa n�o tirou dinheiro da educa��o e da sa�de, como propagou-se no pa�s que o evento seria para�so de ganho da Fifa, de corrup��o e de elefantes brancos”, afirmou.


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